OPINIÃO: Estamos criando uma forma de fazer “bullying” com Neymar

Jornalista Josep Maria Artells, do jornal "Mundo Deportivo", da Espanha, afirma que jogadores e "mídia anti-Barcelona" estão tentando intimidar jogador brasileiro

Neymar - Treino do Barcelona
Jornalista espanhol afirma que querem intimidar o brasileiro Neymar, do Barcelona (Foto: Reprodução/Facebook)

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Enquanto Neymar comemorava o seu 24º aniversário, e quando a escandalosa diminuição da punição pela entrada violenta em Messi a Filipe Luís de três partidas para uma ainda está fresca na memória, o Cuatro foi buscar Morales, atacante de técnica apurada do Levante: "Estar perdendo por 5 a 0 e começar a fazer coisas que não precisam, só irritar (...), algum dia alguém vai cruzar o seu caminho e pode acabar mal". O jogador madrileno estava prevenindo Neymar para condicioná-lo ou, sem se dar conta pela novidade em ser entrevistado, incentivava a violência?

Claro que não era essa sua intenção. Não faz muito tempo que Diop justificava, depois do dérbi em Cornellà, que se não tiver sangue, não havia violência. O jogador do Espanyol pensa como o Comitê de Apelação. Na quarta-feira, Barragán acabou envolvido com o brasileiro e já está sendo costume nos veículos contrários ao Barça advertir o brasileiro que se não abandonar o seu estilo de jogo, algum dia pode acontecer algo ruim.

Parece evidente que por tudo isso estamos criando uma forma de fazer "bullying" com Neymar, de intimidá-lo, de submetê-lo, de reduzi-lo e cortar-lhe as asas para que mude sua cultura de futebol desde criança. O craque não tem o trato que dispensa nos tribunais, e ainda tem que suportar os seus colegas tentando domesticá-lo, domá-lo e corrigi-lo, como se fosse uma anomalia dar uma caneta, como se ser canhoto fosse um sacrilégio como nos tempos da Inquisição, ou como se levantar a bola pudesse ofender. Ney é o jogador que mais recebe faltas (68).

É hora de proteger o taltno de qualquer jogador, o espectador e o produto que Tebas pretende que a Liga seja. Dos árbitros não se espera nada bom, nem dos comitês, perfeitamente adestrados para mirar o outro lado quando CR7 agride impunemente os seus rivais. Bartomeu, ingênuo, clama no deserto quando deve enfrentar a violência.

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