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Carlos Arthur Nuzman é solto pelo Superior Tribunal de Justiça

O STJ aceitou o pedido de habeas corpus do presidente afastado do Comitê Olímpico do Brasil nesta quinta-feira

CARLOS ARTHUR NUZMAN foi detido nesta quinta-feira, durante a Operação Unfair Play, sob acusação de intermediação na compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio-2016, também foi preso preventivamente.
imagem cameraCarlos Arthur Nuzman foi preso há duas semanas  (Foto: MAURO PIMENTEL / AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/10/2017
16:27
Atualizado em 20/10/2017
12:31

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Preso desde o dia 5 de outubro, Carlos Arthur Nuzman teve o pedido de habeas corpus aceito nesta quinta-feira pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O dirigente foi detido durante a segunda fase da Operação Unfair Play, um desdobramento da Lava Jato que investiga a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Mesmo solto, Nuzman está proibido de deixar o país. Seu passaporte foi confiscado e ele não pode ir à sede do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou do Comitê Rio-2016, do qual se licenciou da presidência. Além disso, está impedido de entrar em contato com os demais corréus. Ele segue afastado de suas atividades e deve comparecer à Justiça sempre que for intimado.

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A votação para a libertação do cartola terminou em 4 a 0 a favor da soltura. Os responsáveis pela decisão foram os ministros Maria Thereza de Assis Moura, Sebastião Reis, Rogerio Schietti e Nefi Cordeiro. Eles alegam que a prisão do carioca era uma medida desproporcional em relação às denúncias. O ministro Antonio Saldanha não participou do julgamento. 

Nuzman é acusado de ter sido a ponte entre o esquema de corrupção do governo de Sérgio Cabral (PMDB) e membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) na escolha do Rio como sede olímpica, sobretudo o senegalês Papa Lamine Diack, filho do ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo, Lamine Diack.

Os procuradores descobriram que Papa recebeu U$ 2 milhões por meio da empresa Matlock Capital Group, do empresário Arthur Soares, o ‘Rei Arthur’, em data próxima da votação que terminou com vitória da capital fluminense, no dia 2 de outubro de 2009, em Copenhague (DIN). Eles também constataram aumento de 457% do patrimônio do cartola entre 2006 e 2016. 

Na última quarta-feira, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal de organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. 

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