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Dudu completa 150 jogos pelo Palmeiras já pensando em 250: ‘A escolha mais certa da minha vida’

Atacante vai completar a marca neste sábado, contra o Santos. Em entrevista ao LANCE!, o capitão relembra seus principais feitos pelo clube e ainda sonha com o título brasileiro

Dudu completa 150 jogos pelo Palmeiras: ele é o artilheiro do Allianz Parque, com 20 gols
imagem cameraCesar Greco
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 29/09/2017
14:52
Atualizado em 30/09/2017
10:48

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149 jogos, 35 gols, artilheiro do Allianz Parque, goleador do Palmeiras em clássicos, dois títulos nacionais, capitão e ídolo (embora ele ainda não admita)... o currículo de Dudu no Verdão é mais do que respeitável. Neste sábado, contra o Santos, o camisa 7 completará 150 partidas pelo clube em que diz ter feito a melhor escolha de sua vida.

Em três anos de Palmeiras, o atacante busca o seu terceiro título nacional, este bem complicado, graças à distância de 11 pontos para o líder Corinthians no Brasileirão. Por isso, o clássico das 19h, no Allianz Parque, é decisivo. Se vencer, o time pode acabar a 26ª rodada já na vice-liderança, na frente do Santos, que hoje tem um ponto a mais. Mas uma derrota frustrará os planos do atual campeão brasileiro, que não perde há quatro rodadas - são três vitórias e um empate no período.

Nesta entrevista ao LANCE!, Dudu relembrou seus feitos pelo Verdão e contou que ainda vê chance de acabar o ano como bicampeão. Prestes a atingir os 150 jogos justamente diante do rival em que mais fez gols (três), o capitão conta o que falta para tornar-se um dos camisa 7 históricos do clube, como Edmundo e Paulo Nunes.

LANCE!: Neste sábado, você completa 150 jogos pelo Palmeiras. O que significa esta marca?
Dudu: Cara, é um orgulho. 150 jogos com a camisa do Palmeiras é uma marca grande. É importante para a minha carreira fazer 150 jogos em um grande clube, algo difícil. A gente sabe como é a concorrência aqui, mas espero completar 200, 250 jogos aqui com a camisa do Palmeiras.

Você chegou em um processo de reformulação, com muita expectativa, e hoje é capitão e um dos jogadores mais queridos pela torcida. Consegue resumir o que viveu nestes quase três anos?
Acho que estou correspondendo à expectativa criada em torno de mim quando cheguei. Eu poderia ter ido para dois rivais, acabei vindo ao Palmeiras, fiquei muito feliz. Como eu falo, foi a escolha mais certa até hoje da minha vida. Espero completar 150, 200, 250 jogos, dando alegria para a torcida palmeirense e fazendo o que mais gosto, que é jogar futebol.

Qual a sua melhor lembrança?
Meus gols contra o Santos na (final da) Copa do Brasil, né? O gol contra o Botafogo que foi praticamente o gol do título (brasileiro), que encaminhou muito bem nosso título. Fiz grandes jogos aqui no nosso estádio, é isso, acho. Tenho feito coisas boas no Palmeiras, o momento que levantei a taça do Brasileiro, também, depois de 22 anos sem ganhar o título. Fico muito feliz por estes anos que tenho aqui no Palmeiras.

Quais são seus planos de carreira? Imagino que você, com 25 anos, ainda pense em voltar à Europa?
Estou muito feliz aqui no Palmeiras, feliz pelo que estou passando aqui. Tenho no mínimo mais dois, três anos de contrato com o Palmeiras. Espero cumprir, dando alegria, quem sabe conquistando mais títulos.

Na última janela de transferências você novamente foi procurado, agora pelo Fenerbahce (TUR). Como foi a decisão de permanecer?
Quando você joga em clube grande, posso falar que em três anos venho sendo um dos principais jogadores do Palmeiras, sempre vai aparecer interesse de clubes de fora. Tenho meus objetivos no Palmeiras e quero cumpri-los. Sempre falo isso ao Alexandre (Mattos) e ao presidente. Espero ganhar mais títulos até o fim do contrato, ajudando a manter o Palmeiras no topo.

Quais são estes objetivos? O que falta?
Todos os palmeirenses, a diretoria quer muito esta Libertadores. Este ano não deu certo, infelizmente, mas a gente espera montar um time competitivo no ano que vem para ganhar ela.

Então você se imagina na Libertadores do ano que vem jogando pelo Palmeiras, como capitão?
É a prioridade de todo clube brasileiro, ganhar uma Libertadores, chegar em uma final da Libertadores. A gente não conseguiu neste ano, mas ano que vem vamos montar um time forte para isso.

Já se vê como um dos maiores camisa 7 do Palmeiras?
Acho que ainda não. Ainda falta um título internacional, mas fico muito feliz com o carinho do torcedor, quero retribuir em campo, ajudando bastante o Palmeiras, quem sabe para daqui a uns anos olhar para trás e ver que o Dudu também foi um grande camisa 7.

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Na eliminação contra o Barcelona (ECU), você saiu chorando por ter se machucado. A frustração no seu caso foi ainda maior?
Nosso time naquele momento do jogo estava bem, tínhamos feito o gol, e no lance que eu machuquei ia sair em um contra-ataque bom, um contra um com o zagueiro. Mas acabei me lesionando, veio a eliminação, tive de ficar 30 dias fora. Agora estou bem, voltei com condicionamento físico bom, espero até dezembro conquistar coisas grandes ainda.

A diferença para o Corinthians caiu em seis pontos nos últimos quatro jogos e o torcedor palmeirense tem feito contas. Tem de acreditar no título mesmo?
A gente tem de fazer nossa parte, que é ganhar os jogos e fim do ano a gente vê o que conquistamos, o que ganhamos. Não temos de fazer contas, tem de pensar jogo a jogo, buscar os três pontos sempre no próximo jogo, que é o Santos. No fim do ano vemos o que Deus tem guardado para a gente.

Na terça houve uma reunião do elenco com Cuca e a diretoria. Por quê?
Acho que é para a gente continuar nesta batida, falando que é muito importante o jogo de sábado, pelo Santos estar na nossa frente em um ponto, pelo campeonato ainda nos dar chance de brigar pelo título. A gente está muito focado nisso. Temos de continuar nessa batida que estamos tendo, estamos com um empate e três vitórias nos últimos quatro jogos. É continuar assim que no fim do ano estaremos bem.

Considera também que este é o jogo mais importante da minimeta de seis partidas?
Acho que sim. É um jogo importante, por ser clássico, por eles estarem um ponto na nossa frente. Temos de fazer valer o mando de campo, fazer valer o apoio de nosso torcedor para fazer um grande jogo.

Dos três rivais, o Santos é aquele que você fez mais gols. É algo que passa pela sua cabeça quando se prepara para o jogo?
É importante saber destas metas que a gente cumpriu. Contra o Santos fiz três gols, Deus sempre me abençoou nestes grandes jogos. Espero que no sábado seja assim também, para fazer gols e ajudar à equipe.

Por tudo que aconteceu nesses três anos, as decisões, provocações, o Santos é o time com maior rivalidade deste elenco?
O maior rival para mim é sempre o próximo. O próximo é o Santos, então é deles que temos de ganhar. A gente espera fazer um grande jogo no sábado, conquistar a vitória e se Deus quiser alcançar a segunda colocação.

Você chegou como um atacante que faz pouco gol e é diferente no Palmeiras. No que você mudou como jogador?
Começou isto ainda em 2014 (no Grêmio), com o Felipão. Agradeço muito ao Felipão, por ele pegar no meu pé de que tinha de entrar mais na área, não só servir, mas finalizar mais. Agradeço a ele, ao Murtosa por ter feito os trabalhinhos comigo, e aqui no Palmeiras ao Cuca, ao Oswaldo, ao Marcelo Oliveira, todos têm uma contribuição nesse sucesso meu no Palmeiras. Espero continuar lutando por esta camisa, para sempre manter o Palmeiras no nível mais alto.

Com o Cuca você viveu seu melhor momento no Palmeiras, e você é um cara de confiança dele. Como é a relação de vocês?
É desde o Cruzeiro, quando ele foi meu treinador e subiu eu definitivo ao profissional. Sempre teve um carinho por mim, como o Eudes, Cuquinha. E criamos uma afinidade muito boa aqui no Palmeiras. Ele me tornou capitão, tenho a confiança dele e eu confio muito no trabalho dele. A gente espera que esta parceira possa continuar por muito tempo aqui.

Houve exagero nas críticas e protestos depois das eliminações, vendo como o time está hoje?
Bateu muita cobrança pelo Palmeiras ter feito grandes investimentos. A gente se manteve tranquilo, sabia que tinha um campeonato difícil, o Brasileiro, ainda está tendo, e passamos por um momento não muito bom no campeonato e agora estamos em um grande momento.

É o melhor momento do Palmeiras no Brasileiro?
Acho que sim. Estamos encorpando o time, temos os 11 titulares, a gente espera que possa continuar nessa batida boa.

O Lucas Lima não joga neste sábado, mas é um atleta que já trocou provocações com vocês e pode chegar no Palmeiras em 2018. Este histórico atrapalha uma possível união no ano que vem?
Todo grande jogador cabe em qualquer equipe. Se for para ele vir para cá, que ele possa vir, se enquadrar na filosofia do clube, na filosofia do time, e que possa nos ajudar bastante aqui. Se não vir também, segue a vida dele e que ele seja feliz onde quer que ele for.

Como você se imagina no fim do ano?
A gente imagina que possa ser campeão, mas se não der, que a gente possa ser vice-campeão. É importante, um time em um ano ser campeão, no outro vice. É difícil um clube conseguir isso. Temos nossa meta de ir para a Libertadores direto. Tem o objetivo do título, mas se não der, vamos ficar felizes com o vice-campeonato e a vaga direta na Libertadores.

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