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Não à Europa e nova posição: como Cittadini ‘ressurge’ no Santos

Há quatro anos no Peixe, jogador de 22 anos abre mão de ser meia e aceita jogar como volante para recomeçar no clube. Ele disse não à Itália após papo com Dorival

Léo Cittadini - Santos
imagem cameraCittadini foi contratado como meia e agora é substituto de Thiago Maia (Foto: Ivan Storti / Santos FC)
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Lance!
Santos (SP)
Dia 28/03/2016
20:24
Atualizado em 29/03/2016
09:05

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Aos 22 anos e com poucas chances de jogar. Eis que surge uma proposta do futebol italiano. Para muitos a decisão de ir à Europa parece óbvia, não?

Pois isso aconteceu com Léo Cittadini no Santos e o desfecho foi esse: não ao Chievo, da Itália, e um recomeço no Peixe, em uma nova posição, com nova perspectiva.

O camisa 27, que já foi emprestado para a Ponte e teve seu futuro incerto, agora é volante, por ideia de Dorival Júnior, e passa a ser o substituto imediato do volante Thiago Maia, que agora é da Seleção.

E isso tudo aconteceu porque o treinador o chamou para um papo.

– Desde que o Dorival chegou, ele tem conversado muito comigo. Ele enxergou em mim essa capacidade de jogar mais recuado. Sempre fui meia na base, mas ajudei na marcação e procurei melhorar isso. O Dorival foi fundamental, me perguntou se eu jogaria dessa maneira e eu disse que gostaria porque recebo a bola de frente e gosto de achar passe, ver o jogo. Estou me adaptando e conversando com ele para arrumar posicionamento – disse o agora volante Léo Cittadini em entrevista exclusiva ao LANCE!.

O teste na nova posição aconteceu no empate em 1 a 1 contra o São Paulo, desbancando até mesmo Alison, que já foi titular da posição.

Rigoroso, Cittadini fez uma avaliação de sua “estreia” na função.

– Fui bem dentro do possível. Pude ajudar. Foi meu segundo jogo na temporada, primeiro clássico iniciando como profissional. Falta ritmo de jogo, mas acho que pude ajudar – resumiu friamente.

Na última janela de transferências, o Chievo da Itália pediu ao Santos que Léo fosse emprestado com preço de compra fixado. Com a primeira recusa, chegou a ter a oferecer um valor pelo empréstimo, até Dorival intervir e dizer que o garoto fazia parte dos planos para 2016.

Se em 2015 ele teve só seis jogos, agora já foram dois, com a expectativa de mais chances pela frente.

– Vou procurar participar de mais jogos porque sei do meu potencial. Se eu tiver sequência, vou poder mostrar meu trabalho e evoluir, para que seja meu melhor ano aqui no Santos – responde em tom de desejo.

Confira o bate-bola com Léo Cittadini:

Todo jogador sonha em ir à Europa. Por que você não foi?

Foi uma proposta muito boa para jogar no Campeonato Italiano, no qual admiro muito, balancei, porque não tinha chances de jogar aqui, mas conversei com o Dorival e ele disse que tenho muito a crescer. Acreditei nisso e foi o que pesou para eu ficar.

Te surpreendeu ser titular contra o São Paulo?
Não me pegou de surpresa, porque o Dorival vem conversando comigo desde ano passado para fazer a função do Thiago. Quando ele foi para a Seleção, eu já estava na expectativa. No começo da semana, fiquei sabendo que poderia jogar.

O que acha que falta para você se firmar na nova posição?
Como foi o primeiro jogo, falta ritmo, teve pontos que fui bem, outros não. Mas isso é mais por sequência de jogo, confiança. Ano passado, foram seis jogos. Muito pouco. Neste, joguei dois até agora. Com sequência e confiança, vou me entrosando e poderei fazer no jogo o que faço no treino.

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