Pinotti pede demissão do cargo de diretor de futebol do São Paulo
Dirigente Vinicius Pinotti assumiu a função nesta temporada e nesta quarta-feira, por divergências com o presidente Leco, comunicou ao clube que prefere deixar o cargo
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Vinicius Pinotti não é mais diretor executivo de futebol do São Paulo. Nesta quarta-feira, o dirigente comunicou ao clube a sua saída da função, que tem como principal motivo as divergências com o presidente Carlos Augusto Barros e Silva.
Pinotti assumiu a diretoria de futebol em maio, logo depois de Leco ser eleito para seu mandato atual. O agora ex-diretor já vinha tendo problemas de relacionamento com o presidente há meses em relação às negociações no mercado, e esse foi um dos pontos que explicam a sua saída.
Pinotti tocava as conversas por reforços e saídas e, há um bom tempo, queixava-se a amigos que não tinha a liberdade que imaginava. Leco gostava de participar das negociações e até de fazê-las sozinho. Um desses casos de ação de Leco sem ajuda do diretor envolveu o volante Matheus Jesus, que estava acertado com o Tricolor, dependendo só de trâmites burocráticos para ser anunciado, mas parou no Santos.
A reclamação sobre essa intromissão de Leco era cada vez mais constante. O São Paulo, contudo, nega oficialmente o rumor de que a saída do diretor tem a ver com uma possível negociação do atacante Lucas Pratto com o Cruzeiro, que é descartada por todas as partes que estariam envolvidas.
São-paulino fanático, Pinotti iniciou relação mais próxima com a diretoria em 2015, arcando com mais de R$ 13 milhões para tirar Centurión do Racing, da Argentina. Pouco depois, virou diretor de marketing antes de assumir o futebol. Sobre a dívida por Centurión, Leco sempre ressalta que já acertou um plano de pagamento a Pinotti - em julho, o clube vendeu 70% dos direitos do atacante para o Genoa, da Itália, por 3,5 milhões de euros (R$ 12,85 milhões).
Como diretor executivo de futebol, Pinotti tentou ser o homem forte do departamento, alegando querer poupar Leco. Acabou estremecendo sua relação com Rogério Ceni, de quem era amigo, ao demiti-lo em julho. Ao mesmo tempo, costumava ser exaltado pelos jogadores por estar sempre disposto a ajudar em qualquer problema deles, inclusive pessoais.
A saída de Pinotti afeta diretamente o planejamento do São Paulo para 2018, já que o diretor tratava das negociações de saídas, chegadas e renovações de jogadores para o elenco. Enquanto não definir um substituto, Leco e o advogado Alexandre Pássaro devem tomar à frente de algumas situações mais urgentes, como manter o volante Jucilei, concluir a chegada do goleiro Jean, do Bahia, e definir se venderá o volante Hudson para o Cruzeiro.
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