Garoto que uniu torcidas em Minas após ter perna amputada por linha chilena é convocado para seleção

Gabriel Lucas fará um período de treinos na seleção brasileira para amputados, mantendo seu sonho de seguir carreira como jogador de futebol

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A vida do menino Gabriel Lucas mudou de forma brusca em 2019. O jovem foi atingido por uma linha chilena no sábado, 20 de julho daquele ano, quando se dirigia para fazer um teste de futebol em Betim. O sonho do garoto era ser jogador de futebol e foi interrompido pela irresponsabilidade de quem solta pipa com esse tipo de material, que pode até matar.

Conhecido também como “Feijão”, o jovem passou por uma cirurgia, mas teve complicações e precisou entrar novamente no bloco cirúrgico, com a equipe médica optando pela amputação, gerando a comoção do mundo do futebol.

Fred, Luan, de Cruzeiro e Galo na época, e outros jogadores mandaram mensagens de apoio ao menino, além da visita e ajuda direta de Patric, que hoje atua no América-MG. Gabriel não desistiu e seu sonho de ser atleta paralímpico seguiu, não deixando o desejo de seguir a vida no esporte.

Gabriel Feijão, como é chamado, virou atleta de futebol para amputados e agora, aos 17 anos,teve seu esforço recompensado e foi convocado para a seleção brasileira da modalidade.

O atacante fará um período de treinamentos em setembro, visando às eliminatórias da Copa do Mundo de Futebol para Amputados, que será disputada em 2022 na Turquia. Além de Gabriel, outros dois jogadores mineiros estão na lista: os meias Tadeu e Breno.

Como é a disputa do futebol para amputados

O jovem Gabriel Feijão joga pela Associação Mineira de Desportos para Amputados (AMDA), de Belo Horizonte. O futebol para amputados ainda não é esporte paralímpico. entenda como funcionam suas regras:

-Futebol para amputados é disputado em campo de futebol society, com dimensões mínimas de 60mX38m;

-Cada equipe tem sete jogadores;

-O goleiro e amputado de um dos braços;

-Todos os atletas de linha são amputados de uma das pernas;

-As partidas são divididas em dois tempos de 25 minutos com intervalo de 10 minutos;

-Os técnicos podem pedir um tempo de um minuto para orientar seus atletas a cada etapa da partida;

-A muleta não pode tocar na bola de forma intencional;

-O goleiro não pode sair da área;

-O tiro de meta não pode ultrapassar o meio campo;

-O lateral é cobrado com o pé;

-Não há limite para substituições;

-Os jogadores substituídos podem voltar ao jogo;

-As demais regras não diferem das utilizadas pelo futebol tradicional.

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