O Atlético-MG registrou prejuízo em 2018. Pelo menos é o que diz um documento contendo o balanço financeiro do clube na temporada passada. A peça com os dados do Galo começou a circular entre os conselheiros do clube, que vão se reunir no fim do mês para analisar as contas do clube e avaliar o resultado da consultoria contratada pela diretoria atleticana.
O documento contendo o balanço foi assinado pelo presidente Sérgio Sette Câmara e mostra que o Galo fechou 2018 com prejuízo de R$ 21.850.588,00. O valor teve uma queda em relação a 2017, quando o déficit foi de R$ 25.120.812,00. Porém, a receita bruta do clube teve queda no ano passado de cerca de R$ 53,8 milhões. Em 2017, o alvinegro arrecadou R$ 311.067.381,00, contra R$ 257.785.138,00 no ano passado.
Um dado que pode ser destacado no balanço do Galo é a queda de receitas com bilheterias de jogos. Os valores caíram mais da metade de 2017 para 2018, com redução de R$ 17 milhões para R$ 8 milhões.
Outra redução importante nas receitas do clube foram nos números de arrecadação com patrocínios e o programa sócio-torcedor o, Galo na Veia. O montante dos direitos de transmissão de jogos também caiu, passando de R$ 171 milhões para cerca de R$ 100 milhões, recebidos no ano passado.
Menos receitas, maior endividamento.
Se as receitas de 2018 caíram, o endividamento do clube aumentou de 2017 para 2018. O dinheiro que entrou com a venda de jogadores, cresceu de R$ 43 milhões, em 2017, para R$ 81 milhões, obtidos em 2018.
A dívida atleticana subiu 13%, passando de R$ 575 milhões para R$ 652 milhões. A maior parte do endividamento do Galo está com bancos e fundos de investimento. São cerca de R$ 106 milhões, e também a terceiros, que foram citados no balanço como "pessoas físicas/jurídicas não financeiras", o que corresponde a quase R$ 146,2 milhões do montante devido.