A vitória do Atlético-MG por 3 a 1 sobre o América de Cali, nesta quinta-feira, 13 de maio, pela Libertadores, não teve uma jornada simples devido aos fortes protestos populares na Colômbia que aconteciam do lado de fora do estádio Romelio Martinez, em Barranquilla. Por conta dos efeitos dos confrontos entre civis e policiais no entorno, a partida teve que ser paralisada cinco vezes.
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Os protestos intensos da população colombiana, que contesta as ações do governo, geraram novos confrontos entre populares e a polícia, com muitos rojões sendo soltos dentro do estádio. Foi possível ouvir os foguetes e bombas, criando tensão durante a partida, com nuvens de gás lacrimogêneo sendo sentidas pelos jogadores em campo, afetando olhos e boca dos atletas, que tentavam amenizar os efeitos com água.
As condições de jogo eram questionáveis antes do duelo e ficou ainda mais claro que não havia ambiente para uma partida de futebol com segurança no decorrer do jogo. Em uma das paralisações, aos 40 minutos do primeiro tempo, os jogadores dos dois times precisaram ir para os vestiários para se recuperarem dos efeitos do gás lacrimogênio. Eles voltaram nove minutos depois.
O árbitro uruguaio Andres Cunha paralisou o jogo várias vezes durante o primeiro tempo e mesmo com o apelo dos atletas e comissões técnicas, optou por pelo menos encerrar a etapa inicial da partida, quando o placar estava em 1 a 1, gol de Hulk para o Galo, com Moreno empatando para o América de Cali. Na segunda etapa a partida voltou a ficar parada.
O duelo, válido pela quarta rodada do Grupo H da Libertadores, estava sendo disputado em Barranquilla, já que o estádio do Cali está sendo preparado para a Copa América, que será disputada na Argentina e na Colômbia.
Vídeos do entorno do estádio na Colômbia mostravam a situação tensa e sem condições de segurança para haver uma partida de futebol no país, que lida com a onda popular há mais de duas semanas. Vejam as imagens nos vídeos da nota.
A Conmebol insistiu na continuação da partida apesar das condições péssimas de segurança e até físicas, que poderiam afetar os atletas diretamente. Os dois times voltaram a campo e concluíram o jogo, vencido pelo time brasileiro por 3 a 1, que se garantiu na fase de mata-mata da Libertadores.