O Atlético-MG atropelou o Athletico-PR na primeira partida da decisão da Copa do Brasil vencendo por 4 a 0. No entanto, um assunto que gerou discussão foi o lance do pênalti marcado que gerou o primeiro gol do Galo no Mineirão. O técnico Alberto Valentim criticou a decisão da arbitragem em coletiva oficial da competição. Logo depois, Cuca colocou panos quentes no debate e disse entender as críticas quando se perde.
- Entendo o Alberto como entendi o Marcão (do Fluminense). Também fico p*** quando acontece contra. Depois vemos com mais calma, profissionais da área divididos. Fizemos um grande jogo e não pode ser taxado como um lance só. É o lance que abre o placar, mas não sabemos o que o jogo apresentaria. Entendo os treinadores e a arbitragem, quando é interpretativo vai agradar uma parte e não outra. Se o VAR não corrigir é porque não teve erro. Antigamente a bola batia no cotovelo e não era penalti, agora é. Vai com a mão para trás porque se bater já era - disse o treinador.
Uma das dúvidas no time atleticano é a presença do atacante Diego Costa, que saiu machucado aos 12 minutos do primeiro tempo no confronto de ida. Ele não viajou com o elenco para Curitiba, mas se junta ao grupo nas próximas horas para ser relacionado. Cuca não deixou claro em quais condições ele está e despistou sobre uma possível saída do atacante, mas garantiu a presença do zagueiro Réver.
- É o último jogo pelo Atlético... do ano. Daqui a pouco está aqui, ganhou mais um dia de reforço. Deixamos em reabilitação para ter uma condição maior. Nosso capitão está 100% e temos confiança. Vai ser jogo duro. Não podemos achar que é tranquilo porque tudo muda. Um gol muda tudo. Tem que saber jogar uma decisão.
Depois de vencer com ótima vantagem na ida, o treinador falou sobre o momento mental da equipe, que pareceu jogar mais leve após a conquista do bicampeonato brasileiro. Cuca ainda aproveitou para reafirmar que não há nada ganho, apesar do placar elástico em casa.
- Hoje faltando um ou dois dias para acabar o ano é fácil falar, mas o dia a dia é complicado. Você mexe com o ego, vaidade, tem que fazer o jogador se comprometer. Muitos deles titulares de seleção e sequer entrando. Tem que mantê-los focados. Grande parte sem saber o que é o Brasileiro, o que é o Atlético. Temos sete estrangeiros de seis nacionalidades diferentes. Eles compraram a briga, entenderam, fecharam, junto com todos. Sem rivalidade conseguimos o nosso objetivo de sermos campeões e chegamos nos campeonatos. Nos sentimos realizados pelo trabalho, mas falta a última página. Será um jogo duro. Sei que temos vantagem, mas amanhã com 40 mil, na casa do adversário, tem que saber entender o jogo.
Em entrevista ao "Bem, Amigos", do SporTV, o ídolo do Galo Reinaldo afirmou que considera o atual time como o maior de todos os tempos da história atleticana. Cuca avaliou a afirmação e exaltou o ex-jogador atleticano.
- Todos tiveram problemas esses anos, ficamos mais sensíveis e emotivos. Dá para ver até no Reinaldo. Quando dá para voltar a torcida e abraçar os ex-atletas, fazer eles se sentirem parte. Foi gostoso. Se eu não fosse treinador estaria igual eles. A grandeza que tem que ter uma pessoa como o Reinaldo e a humildade é o que faz dele diferenciado. É uma comparação difícil de fazer. São outras épocas, outro estilo de jogo, o talento deles é indiscutível. As condições melhoraram atualmente. É difícil falar no presente. A história vai ficando mais discutida com o tempo. Vai passar, vão vir outros Atléticos que vão ser comparados a esse e diversos outros grandes times. No futuro essa história vai render mais - finalizou.