O futuro estádio do Atlético-MG, a Arena MRV, completou dois anos de obras no dia 20 de abril. Com previsão de entrega para o fim deste ano e inauguração em 2023, no dia do aniversário do Galo, em 25 de março, o complexo tinha valores de construção estimados em R$ 650 milhões. Mas com o aumento dos preços de materiais e as contrapartidas exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte, esse número se elevou em 30%, chegando a R$ 870 milhões.
Até o grande dia de abertura da Arena, ainda há uma sequência de barreiras que o Galo terá de superar. Um deles é o equilíbrio dos custos. Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, explicou um dos motivos para o aumento dos valores da obra.
- Isso acontece porque vamos ter que cumprir algumas condicionantes caríssimas, que acreditamos custar entre R$ 200 milhões e R$ 240 milhões ao Atlético. Para se ter uma ideia, quando foram construídos os estádios para a Copa do Mundo, cada estádio deve ter pago, em média, R$ 30 milhões de contrapartida - disse o mandatário alvinegro, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Coelho afirmou que essas contrapartidas exigidas pelo executivo municipal são obras para viabilizar todo o empreendimento, como intervenções viárias no entorno do estádio, que fica em uma região de grande fluxo de veículos, entre o Anel Rodoviário e a Via Expressa de Belo Horizonte, ligando a capital a várias cidades da Região Metropolitana.
- Parte das obras de contrapartida devem ficar prontas ainda neste ano, mas para a outra parte, podemos precisar de algum tempo para ir cumprindo. O que interfere diretamente no estádio, como uma avenida de acesso ou intervenções no Anel Rodoviário, teremos que deixar pronto. Estamos negociando com a prefeitura que outras obras sejam executadas mais adiante - completou o presidente do Atlético-MG.