O Atlético-MG foi o primeiro clube da Série A a anunciar redução salarial do elenco, como forma de atenuar os prejuízos gerados com a interrupção forçada pela pandemia do novo coronavírus. Mas a medida foi decidida de forma unilateral pelo presidente Sérgio Sette Câmara [foto], sem discutir ou apresentar opções ao grupo de jogadores, que terão impacto de 25% em seus ganhos.
Para piorar, o dirigente rebateu opiniões contrárias, como a do lateral Guilherme Arana, um dos titulares do grupo, ameaçando demitir quem não concordar com sua decisão. É justo que os clubes busquem soluções para reduzir os impactos da paralisação dos torneios, mas o diálogo é obrigatórios nestes casos, ainda mais quando a Justiça só permite alterações drásticas de remuneração em situações como a de agora, com aprovação de lei ou por acordo coletivo.
Sette Câmara ainda argumentou que espera que os demais clubes da elite sigam esta medida. Ao agir de forma intransigente, o presidente do Galo dá um passo em falso e pode se ver num enrosco jurídico no futuro próximo. Jogadores de futebol não formam uma classe exatamente unida, mas costumam se mobilizar quando o dinheiro vem à pauta.
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