Obras do estádio do Galo sobem de R$ 410 milhões para R$ 560 milhões

O aumento dos custos se devem a atualizações no orçamento de gastos e intervenções que o clube será obrigado a fazer no entorno da arena

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O estádio do Atlético-MG, a Arena MRV, iniciou os trabalhos, acalentando o sonho do clube e do seu torcedor e em ver o empreendimento próprio do Galo erguido e pronto. a previsão da entrega das obras é para 2022. Só que, o Atlético e os responsáveis pela construção do estádio já terão de lidar com uma mudança orçamentária: o valor previsto inicialmente para erguer a arena subiu de R$ 410 milhões, para R$ 560 milhões.

Esse novo valor de gastos se refere a atualizações nos preços da obra, contrapartidas para a comunidade no entorno do estádio e o maior valor, R$ 80 milhões, serão utilizados para as intervenções sociais para diminuir os impactos das obras na região em que está sendo construída a arena, no bairro Califórnia, região noroeste de BH.

Haverá no entorno da Arena MRV um parque na Mata dos Morcegos, uma academia da cidade, uma Unidade Básica de Saúde e um Centros de Línguas, Inovação e Criatividade para alunos da rede pública.

-Se pegarmos R$ 450 milhões de atualização até hoje, data do dia 20 de abril, quando as obras foram iniciadas,e os R$ 80 milhões de contrapartidas, chegamos a R$ 530 milhões. Mas temos que considerar ainda o contrato com a Racional Engenharia. Existe um valor de contingência no contrato. Quando o projeto foi entregue para ela, o valor era muito inicial. O contrato prevê uma contingência de 5% em cima dos R$ 410 milhões. Estamos falando da casa de R$ 550 milhões, R$ 560 milhões, do custo total- explicou Bruno Muzzi, CEO da Arena MRV ao portal SuperFC.

Bruno Muzzi, explicou como a subida do orçamento inicial do estádio será viável, para não gerar a necessidade de novas buscas financeiras por parte do clube. A captação de recursos do Galo tem a seguinte equação: a venda de 50,1% do DiamondMall, em 2017, por R$ 296,8 milhões, R$ 60 milhões pela venda dos naming rights para a MRV durante 10 anos e outros R$ 100 milhões da venda das cadeiras cativas para o BMG.

-A MRV tem uma parcela de R$ 10 milhões ao longo da obra, em 30 vezes, e os outros R$ 50 milhões serão pagos ao longo do tempo, na operação. Esses recursos são corrigidos ao longo do tempo e vamos ver se vamos antecipar esses valores ou ver se deixamos para a operação do estádio-explicou.

Para fechar a conta, a venda das cadeiras cativas será revista. O valor que o clube tentará arrecadar será perto de R$ 203 milhões, não mais os R$ 100 milhões. Será comercializadas 4.500 cadeiras cativas em projeto voltado os torcedores do clube que será lançado nos próximos meses. Outra fonte de receitas será a comercialização de 68 camarotes corporativos.

Também faz parte do plano de negócios o licenciamento de estacionamento, bares, alimentação e de espaços publicitário para marcas.

-É aí que temos que trabalhar muito forte comercialmente para levantar esses recursos todos. Não é tão direto assim, tem que ter uma estratégia comercial para ter uma venda das cadeiras, dos camarotes, estacionamentos, outras propriedades como lounges, alimentos, bebidas, até patrocínio de setores. Já começamos a montar uma estratégia comercial para isso para subir esses recursos que a gente precisa- concluiu Bruno Muzzi.

A Arena MRV iniciou as obras no dia 20 de abril e é considerado pelo clube o “Marco Zero” das obras. A previsão é de tudo ficar pronto em até 30 meses.

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