O tradicional anúncio via Twitter ainda não aconteceu, mas o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno já expõe toda sua confiança pela chegada de Clayton à Cidade do Galo. Em entrevista ao canal Band Sports na manhã desta terça-feira, em Florianópolis (SC), local onde foi concluída a negociação, o dirigente adiantou que o meia-atacante deve assinar por cinco anos com o clube, e destacou que se trata de uma grande promessa para qualificar o setor ofensivo da equipe:
- Eu acho que o Atlético tem três ou quatro modelos distintos de jogar e ele já estava forte. Mas o Clayton pela idade, pelo o que ele fez no ano passado, valeria o investimento. É um excelente jogador. Nós fechamos um contrato de cinco anos e acho que ele reforça bem a equipe.
O Galo só poderá inscrever Clayton na Copa Libertadores caso se classifique às oitavas
Após uma arrastada novela que rendeu uma disputada acirrada com Corinthians e Palmeiras, a diretoria do Galo concretizou o acordo pelo jogador de 20 anos nos primeiros minutos da madrugada de terça-feira. O acerto ocorreu após uma reunião que durou em torno de cinco horas, na qual estavam o empresário de Clayton, Jorge Machado, e o presidente do Figueirense, Wilfredo Brilinger.
Nepomuceno detalhou como foram as tratativas com o Figueirense desde o início da negociação:
- O presidente do Figueirense (Wilfredo Brillinger) é uma excelente pessoa. Ele tinha conversando comigo há uns seis meses e eu disse se caso ele quisesse negociar, ele desse a preferência. E o que aconteceu foi isso. Há cerca de 30 dias ele disse que estava chegando a um valor que não conseguiria mais segurar o jogador. Começamos as tratativas há uma semana. Vai jogar muito no Galo.
Aos olhos do dirigente, a opção de Clayton por deixar de lado o Corinthians e aceitar a proposta do Galo foi além da questão financeira:
- Acho que é uma coisa muito pessoal do jogador, do procurador. Eu tento olhar nos olhos do jogador e passar que para jogar no Atlético ele tem que estar com muita vontade. Então, não é só uma questão financeira. Tem uma torcida que cobra muito, que veste a camisa do jogador. Mas acho também que é uma coisa pessoal.
O presidente do Atlético-MG crê que a estrutura do clube possa ser um dos fatores que culminaram no acerto de Clayton:
- O jogador quer jogar a Libertadores, gosta de Belo Horizonte, sabe a estrutura do Atlético-MG e foi muito por isso. Em nenhum momento, você tem que prometer que o jogador será titular, ou que vai ser vendido ou permanecer. Você tem que mostrar a estrutura, para dar vitrine e o jogador se sentir valorizado. O Clayton viu isso. É menino, mas é lúcido. Eu falei com ele na reunião, mostrei nossos objetivos.
Devido ao fim prazo estipulado pela Conmebol para inscrições de jogadores, Clayton só poderá ficar à disposição da Copa Libertadores caso o Atlético-MG se classifique às oitavas de final da competição.