Não foi uma classificação onde o Athletico-PR finalmente conseguiu desempenhar como visitante um futebol à altura de suas apresentações vistosas na Arena da Baixada. Porém, fica como elemento positivo a capacidade da equipe ser precisa no raro momento ofensivo na igualdade de Rony além de batidas de pênaltis muito bem executadas mesmo diante de um ambiente desfavorável.
O ataque do Flamengo não contava com Bruno Henrique e, logo cedo, perdeu Arrascaeta por contusão na posterior da coxa, elementos que poderiam dar mais "campo" ao Furacão. Por pouco tempo, isso efetivamente ocorreu e a equipe de Tiago Nunes soube trabalhar com mais cadência a posse no setor ofensivo e "desafogar" o até então bastante exigido sistema defensivo.
Na volta do intervalo, o time retornou ao seu ritmo de não encontrar espaços e, se limitando a afastar o perigo de sua área, se viu 'acuado' até sofrer o tento de Gabriel.
Somente nesse estágio do confronto, a saída de um furioso e pouco eficiente Nikão no lugar do móvel e preciso nas bolas enfiadas Bruno Nazário pareceu a peça que efetivamente faltava no sistema de criação do Athletico. Além de dar uma saída mais refinada nos momentos de posse, foi dele a jogada onde Rony saiu em disparada nas costas da zaga flamenguista e bateu na saída de Diego Alves.
Depois dos minutos finais onde o Furacão poderia ter já garantido ali sua vaga mediante ao momento moral e técnico que eram visivelmente superiores, vieram os pênaltis e a "força mental" citada em entrevista coletiva por Tiago Nunes não só apareceu como sobrou. Como resultado, vaga na semi garantida e um velho conhecido pela frente: o Grêmio, oponente em 2016 e 2017 na Copa do Brasil.