A imagem aérea do Estádio Centenário, em Montevidéu, segundos antes do apito inicial provou o erro da Conmebol para a final da Copa Sul-Americana.
Com ingressos, em média, a R$ 500, o palco da decisão teve pouco mais de 6 mil torcedores de Athletico e Red Bull Bragantino, uma final quase escondida, transmitida apenas pela Conmebol TV.
Não houve clima de tensão, muito menos de festa. Dois times que trilharam com muito mérito o caminho até a disputa do título acabaram jogando em um estádio quase deserto, como se tratasse de um amistoso qualquer.
Tratada com menos importância pelos principais clubes de Brasil e Argentina, é comum que a Sul-Americana tenha times historicamente de menor expressão na final.
Ao padronizar o que fez com a Libertadores e eliminar o mando de campo da decisão, a Conmebol força um deslocamento complexo e caro, o que reduz ainda mais o peso da competição, que poderia ser coroada com estádios cheios em Curitiba e Bragança Paulista, valorizando o produto.
O efeito foi justamente o contrário. No fim, o Furacão sorriu mais que o Massa Bruta e conquistou o bicampeonato. Infelizmente, poucos puderam testemunhar.
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