Escrito por João Marcos
O Bahia entra na última rodada do Brasileirão ocupando a 17ª posição da tabela, que abre a zona do rebaixamento. A situação do Tricolor de Aço é delicada, já que o clube não depende exclusivamente do seu resultado para permanecer na primeira divisão.
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Fora de campo, muros pichados por parte da torcida. Em campo, a relação entre o técnico Rogério Ceni e o elenco dá sinais de desgaste, com cobranças públicas. O treinador chegou a afirmar que se sente envergonhado pelo seu trabalho.
Mesmo diante de tantas dificuldades, o Bahia ainda tem um trunfo na luta contra a queda, se comparado com seus rivais Vasco e Santos: o time praticamente não tem dúvidas na escalação. Tanto Santos quanto Vasco podem atuar com três zagueiros ou com linha de quatro na defesa. O time de Rogério Ceni, por outro lado, tem atuado frequentemente com três zagueiros. O técnico também tem repetido o time titular em praticamente todos os jogos.
Assim, a tendência é que o Tricolor de Aço leve a campo o seguinte time: Marcos; Kanu, Vitor Hugo e Rezende; Gilberto, Acevedo, Thaciano, Cauly e Luciano Juba; Biel e Everaldo. Com três jogadores na defesa e um meio-campo forte, tanto para marcar quanto para atacar, a proposta do Bahia e explorar a velocidade dos atacantes nos contra-golpes. Foi dessa forma que o time massacrou o Corinthians em Itaquera, na goleada por 5 a 1.
Diante do Atlético-MG, no entanto, dificilmente o Bahia terá o contra-ataque à disposição com tanta facilidade. Isso porque o Galo também tem no contra-ataque a sua principal arma e não deve ceder tantos espaços ao adversário. Como o Tricolor precisa da vitória de qualquer maneira, a defesa pode ficar mais exposta e um setor do campo que deve despertar a atenção de Rogério Ceni é o espaço entre a defesa e o meio-campo. Dois dos três gols do América na última partida do Brasileirão surgiram deste espaço.
Para se livrar do rebaixamento, o Bahia deve vencer o Atlético-MG e torcer por uma derrota de Santos ou Vasco.