Com a chegada da parte final da temporada no Brasil, a sequência de partidas para encerrar a Série A do Brasileirão afunila de tal forma que os confrontos antes limitados aos fins de semana passarão a ser novamente mais constantes também no meio de semana. Aspecto esse comentado em entrevista coletiva nessa semana dada pelo técnico do Bahia, Roger Machado.
Dentro do planejamento estabelecido pelo Esquadrão, essa situação já estava sendo cuidada desde a pausa da temporada para a Copa América em conjunto com o departamento de preparação física comandado pelo experiente Paulo Paixão:
- Nos preparamos para esse período de jogos quarta e domingo na parada para a Copa América. O (Paulo) Paixão dá uma atenção muito grande para a musculatura dos jogadores. Os amistosos que estamos fazendo nas últimas quatro semanas, com a crescente do nível de dificuldade principalmente para aqueles que tem menos minutos porque será nesse momento de jogos quarta de domingo que colocaremos nosso grupo à prova. Não a prova da capacidade, mas sim da resistência em função do acúmulo de jogos em um espaço muito curto. Nós fizemos 10 jogos em 65 dias, se não me engano, e agora faremos 19 jogos em menos de 70 dias.
Além dos cuidados com a condição física do plantel, o treinador do Esquadrão também avaliou as possibilidades da equipe conseguir o objetivo que tem sido tratado como verdadeira obsessão nos últimos anos: uma vaga na Copa Libertadores:
- A gente fechou o turno com 31 pontos, aproveitamento de quase 55% dos pontos. Se a gente conseguir repetir essa média de pontos. A gente tem uma média mínima de pontos para que consiga chegar nas duas últimas rodadas com possibilidades reais de atingir a pontuação da Libertadores. Acho possível. Agora, temos objetivos a curto prazo. O primeiro é a manutenção na Primeira Divisão. A médio prazo é a Sul-Americana. A longo prazo, que só vai definir nas últimas rodadas, é a vaga na Libertadores. Para não perdermos de vista, a gente vai jogo a jogo. Tanto a gente quanto nosso torcedor, podemos sonhar, mais do que sonhar. Realizar isso dentro de campo da forma que a gente vem fazendo: trabalhando duro, respeitando cada adversário para manter viva essa possibilidade de ir para a Libertadores.
A possibilidade do Corinthians, adversário desse sábado (21) em São Paulo, usar um time alternativo pensando no seu compromisso de volta pela Copa Sul-Americana, não é algo que deixe o comandante do Bahia mais "tranquilo":
- Análise do cenário que a gente traça dentro das possibilidades em função do resultado do nosso adversário na Sul-Americana é se ele virá com algumas alterações, se vai priorizar o descanso para o jogo decisivo na próxima semana. Esse tipo de cenário a gente traça. Mais do que isso a gente procura trabalhar e visualizar o que a gente vai enfrentar, que pode ser uma equipe que jogou ontem ou alterada por algumas posições, mas que a gente sabe que se você pegar os nomes que viriam em uma possível mudança, são nomes fortes que em algum momento já foram titulares.