Estrela da NFL será o primeiro atleta a ser cotado na Bolsa de Valores

imagem cameraMendieta faz tratamento à beira do gramado durante treino na Academia (Crédito: Reginaldo Castro/LANCE!Press)
Dia 21/10/2015
18:56
Atualizado em 01/03/2016
00:56
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Uma estrela do futebol americano será o primeiro atleta a ser cotado na Bolsa de Valores. O running back (jogador de ataque que atua mais correndo com a bola e parte de trás da sua linha de bloqueio) Arian Foster, do time de futebol americano Houston Texans, aceitou transformar parte de seus rendimentos futuros em ações e comercializá-las na Bolsa de Valores de Nova York, em Wall Street.

O modelo é similar ao que se chama de securitização de recebíveis e é bastante comum no mercado americano – artistas como David Bowie fizeram isso décadas atrás. A novidade é usar as receitas de um atleta profissional e arrecadar por meio de ações na Bolsa.

Serão colocadas 10,6 milhões de ações por 10 dólares cada de uma empresa criada pelo jogador, que terá como ativo 5% de suas receitas futuras. Vendidas as ações, Foster receberá US$ 10 milhões e a empresa criada para esse fim, 600 mil .

Conforme a carreira do jogador for evoluindo, as ações subirão ou cairão de preço. O jogador terá, por outro lado, uma garantia de receita contra eventuais lesões.

O projeto foi criado por uma empresa da Califórnia chamada Fantex. Diante da surpresa que provocou no mercado americano, a Fantex lançou um site com extensas explicações para mostrar que tudo está dentro da legalide e que foi aprovado pela CVM americana.

Transparência

Um dos fatos que permite esse modelo de negócio é o de que nos Estados Unidos os contratos assinados pelos jogadores, tanto com o clube, como com os patrocinadores, são públicos. Os investidores assim podem estimar quanto poderão ganhar.

Um complicador é que o contrato com o clube possui um complexo sistema de pagamento, e até mesmo cláusulas que permitem a demissão sem pagar qualquer compensação em certas circunstâncias.

No ano que vem, a Fantex poderá fazer o mesmo tipo de operação com outros jogadores, podendo colocá-los na Bolsa, se o modelo se revelar atraente para os investidores.

Com a palavra - Thiago Perdigão (Colunista do blog Made in USA)

"Arian Foster é um dos melhores atletas da NFL dos últimos anos. O Houston Texans, seu time, tem tido sucesso e Foster é um dos pilares dele, que esteve nos playoffs de 2011 e 2012.

Arian foi bem em seu período universitário, mas alguns problemas extracampo (como ser preso após briga em uma boate) prejudicaram sua seleção para a NFL. A falta de capacidade para entender a jogadas, segundo constou em um relatório com parecer técnico da Universidade do Tennessee, também atrapalhou.

Foster deu a volta por cima, mas com 27 anos pode passar por uma fase de declínio de sua carreira. Os runnings backs sofrem muitas pancadas e dificilmente conseguem jogar em alto nível por muitos anos. Alguns fenômenos, como Adrian Peterson – melhor jogador de 2012, e que voltou após grave lesão no joelho –, conseguem. Foster está em ano razoável (apesar de ter feito só um touchdown), mas sofre com o mau momento do Texans."

Uma estrela do futebol americano será o primeiro atleta a ser cotado na Bolsa de Valores. O running back (jogador de ataque que atua mais correndo com a bola e parte de trás da sua linha de bloqueio) Arian Foster, do time de futebol americano Houston Texans, aceitou transformar parte de seus rendimentos futuros em ações e comercializá-las na Bolsa de Valores de Nova York, em Wall Street.

O modelo é similar ao que se chama de securitização de recebíveis e é bastante comum no mercado americano – artistas como David Bowie fizeram isso décadas atrás. A novidade é usar as receitas de um atleta profissional e arrecadar por meio de ações na Bolsa.

Serão colocadas 10,6 milhões de ações por 10 dólares cada de uma empresa criada pelo jogador, que terá como ativo 5% de suas receitas futuras. Vendidas as ações, Foster receberá US$ 10 milhões e a empresa criada para esse fim, 600 mil .

Conforme a carreira do jogador for evoluindo, as ações subirão ou cairão de preço. O jogador terá, por outro lado, uma garantia de receita contra eventuais lesões.

O projeto foi criado por uma empresa da Califórnia chamada Fantex. Diante da surpresa que provocou no mercado americano, a Fantex lançou um site com extensas explicações para mostrar que tudo está dentro da legalide e que foi aprovado pela CVM americana.

Transparência

Um dos fatos que permite esse modelo de negócio é o de que nos Estados Unidos os contratos assinados pelos jogadores, tanto com o clube, como com os patrocinadores, são públicos. Os investidores assim podem estimar quanto poderão ganhar.

Um complicador é que o contrato com o clube possui um complexo sistema de pagamento, e até mesmo cláusulas que permitem a demissão sem pagar qualquer compensação em certas circunstâncias.

No ano que vem, a Fantex poderá fazer o mesmo tipo de operação com outros jogadores, podendo colocá-los na Bolsa, se o modelo se revelar atraente para os investidores.

Com a palavra - Thiago Perdigão (Colunista do blog Made in USA)

"Arian Foster é um dos melhores atletas da NFL dos últimos anos. O Houston Texans, seu time, tem tido sucesso e Foster é um dos pilares dele, que esteve nos playoffs de 2011 e 2012.

Arian foi bem em seu período universitário, mas alguns problemas extracampo (como ser preso após briga em uma boate) prejudicaram sua seleção para a NFL. A falta de capacidade para entender a jogadas, segundo constou em um relatório com parecer técnico da Universidade do Tennessee, também atrapalhou.

Foster deu a volta por cima, mas com 27 anos pode passar por uma fase de declínio de sua carreira. Os runnings backs sofrem muitas pancadas e dificilmente conseguem jogar em alto nível por muitos anos. Alguns fenômenos, como Adrian Peterson – melhor jogador de 2012, e que voltou após grave lesão no joelho –, conseguem. Foster está em ano razoável (apesar de ter feito só um touchdown), mas sofre com o mau momento do Texans."

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