O presidente da Internazionale de Milão, Massimo Moratti, admitiu, em Paris, que embora não exista nada de concreto, a venda do clube é iminente. Nos últimos meses, Moratti tem se reunido frequentemente com o empresário Erick Thohir, da Indonésia, para dar prosseguimento às negociações envolvendo a transferência do controle acionário do clube de Milão. O mandatário da Inter disse acreditar que em no máximo um mês o processo deva estar concluído.
Especula-se que Thohir estaria disposto a desembolsar € 350 milhões (pouco mais de R$ 1 Bi) na compra do tradicional clube italiano, o suficiente para lhe garantir o controle majoritário, com 75% de participação.
Thohir conquistou notoriedade após ter se revelado um empresário empreendedor. Seus negócios com o mundo esportivo, ao redor do mundo, incluem aportes em várias ligas de basquete asiáticas, além de investimentos no DC United, da Major League Soccer (MLS).
Ao ser perguntado se permanecerá à frente da Inter, caso as negociações com o empresário indonésio evoluam, Moratti foi objetivo.
- Eu não sei. Com esta situação não, eu não penso assim - resumiu Moratti, responsável direto pelas contratações de craques como Ronaldo, Roberto Baggio, Ibrahimovic e Sneijder.
Nos últimos anos, o futebol italiano foi sacudido por escândalos de corrupção, que acabaram provocando um forte abalo nas receitas dos clubes, ao contrário do momento de prosperidade vivido pelas equipes que disputam a Premier League (Inglaterra) e a Bundesliga (Alemanha).
A inadimplência dos torcedores e o recuo da audiência nos estádios italianos também são apontados como responsáveis pela redução das cifras, antes milionárias, que hoje envolvem o Calccio italiano. A Internazionale, por exemplo, como também o seu arquirrival Milan, não possui estádio próprio, o que leva os dois times a terem que mandar seus jogos no San Siro, construído em 1925 e de propriedade da Prefeitura de Milão.