O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitou nesta sexta-feira o pedido da defesa do goleiro Bruno e determinou que o ex-arqueiro do Flamengo e Atlético-MG cumprirá o restante da pena em Varginha, cidade mineira onde vinha morando desde o seu acordo com o Boa Esporte, em março. O pedido foi aceito pelo juiz da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Contagem, Wagner Cavalieri.
Aos 32 anos, Bruno voltou a ser preso na tarde da última quinta-feira, em Varginha, mas foi levado para a Penitenciária de Três Corações, também em Minas Gerais. O Tribunal destacou que Bruno mereceu ter o aceito pedido por alguma série de razões. Entre elas, o fato de ter se apresentado espontaneamente à delegacia depois da ordem de prisão.
O goleiro ainda tenta a progressão de pena para o regime semiaberto. Assim, pode continuar defendendo o Boa Esporte ou até mesmo ter outros empregos e dormir em casa. Em 2013 ele foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samúdio, sua ex-mulher, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho. Os crimes foram cometidos em maio de 2010.
Em 24 de fevereiro deste ano, o ministro do STF Marco Aurélio Mello concedeu um Habeas Corpus. O goleiro deixou a prisão em Belo Horizonte e passou a ter uma liberdade provisória. Na última terça-feira, porém, a Primeira Turma do Tribunal indeferiu o pedido de Habeas Corpus em definitivo, por três votos a um. Assim, ele foi obrigado a voltar para a prisão.
No clube Boveta, Bruno participou das cinco primeiras rodadas do Hexagonal Final do Campeonato Mineiro do Módulo II. Ele 'deixa' a equipe em terceiro. Em 2017, o time disputa a Série B do Brasileirão.