O sonho de Libertadores durou pouco, bem diferente do tempo sofrido quanto à possibilidade de rebaixamento ao longo do Brasileiro. Mas, agora com os pés no chão e o misto de resignação com alívio do torcedor, o Botafogo já pode adiantar o planejamento visando um 2019 mais ambicioso.
Zé Ricardo pediu para o Botafogo terminar o "ano em alta". Para isso, é necessário, primeiro, garantir o ponto que resta para estar na Sul-Americana - o que, convenhamos, está de bom tamanho para a campanha, no geral.
- Vejo como positiva (a partida). Temos tudo para terminar o ano em alta. Acho que foi a partida que criamos mais, o gramado favorece também - disse Zé.
São cinco jogos de invencibilidade, e sair de peito estufado do Brasileirão passa pela manutenção da curva ascendente do rendimento. E, diante de um Santos em má fase, o time de Zé Ricardo alcançou o empate (1 a 1) em duelo equilibrado e voltou a mostrar repertório para criar boas oportunidades.
O Glorioso soube explorar o nervosismo do rival e teve o controle das ações por mais tempo, inclusive encerrando com uma posse de bola levemente superior. A bola na trave de Erik e chances incrivelmente perdidas, por Moisés e Rodrigo Pimpão, evitaram a quinta vitória consecutiva - o que, na prática, não alteraria muito o cenário, uma vez que o Atlético-MG não será mais alcançado.
Já de olho em 2019 e com um provável fechamento como quer Zé Ricardo, com viés positivo, o Botafogo precisa priorizar a permanência do treinador, cujo vínculo expira ao fim do Carioca. Dá para atestar que o trabalho, após muitos empates e instabilidade, enfim dá bons frutos e evidencia o comprometimento do grupo alvinegro.