Uma campanha ladeira abaixo, principalmente após a Copa do Mundo. Dias seguidos de movimentação nas redes sociais e presença de membros de torcidas organizadas no Estádio Nilton Santos. A pressão no Botafogo está cada vez maior. Em contrapartida, jogadores, comissão técnica e diretoria tentam encontrar reencontrar o equilíbrio da equipe.
Tanto que uma reunião entre dirigentes e líderes de torcidas organizadas chegou a ser marcada para o início da noite desta quinta-feira, mas abortada após o vazamento. Em discursos oficiais, os jogadores e o próprio técnico Zé Ricardo tentam dar o tom do "está difícil, mas é possível" recolocar o Glorioso nos trilhos do Campeonato Brasileiro.
- Se venceremos todos os jogos em casa, vamos estar em oitavo ou sétimo. Para ficar entre os seis, tem que estar sempre pontuando fora. A dificuldade em si não é só nem fora de casa, deixamos escapar os três pontos em alguns jogos - alertou Rodrigo Lindoso. O próprio volante foi quem desperdiçou a cobrança de pênalti no último jogo.
De fato, a matemática ainda permite ao Botafogo sonhar em olhar para cima. Mas a entrada na zona de rebaixamento está cada vez mais próxima. Também por isso a estratégia institucional foi de diminuir o preço dos ingressos, promover uma promoção de cervejas (duas latas por R$10, antes do jogo) e publicar vídeos de ídolos convocando a torcida, o que Lindoso corroborou.
- Tivemos um bom início até a parada para a Copa. Peço que eles façam a parte deles porque temos de fazer a nossa. Domingo é (11 horas, contra o América-MG) um bom horário para o torcedor. A gente espera um bom público, para que eles façam a parte deles na arquibancada e a gente faça a nossa no campo - completou o volante.
Para aumentar a importância do triunfo sobre os mineiros, os três pontos podem evitar que o Coelho se desgarre da briga na parte de baixo da tabela. É pela paz na sequência e por dias melhores ao olhar para a tabela.