Ao contrário do que o torcedor sonhou, o início de 2018 de Leo Valencia se confunde com o término da temporada de 2017 do chileno do Botafogo: nada de gols e assistência. O mais perto que ele chegou disso foi cruzar uma bola tocada pela mão por Romarinho, da Portuguesa, e terminou no pênalti convertido por Brenner. Agora, são 17 jogos sem balançar as redes.
Muito pouco para quem veio cercado de expectativas, afinal, foi o escolhido para suprir as saídas de Montillo e Camilo e chegou após disputa com o Vasco. Responsabilidade aumentada pelo histórico na seleção chilena e agravada após lesão de Leandrinho. Se antes, ele parecia que reinaria absoluto no meio-campo do Botafogo, hoje ele vê a concorrência no setor crescer e a confiança da torcida cair.
A mais nova ameaça ao jogador de 26 anos é Rodrigo Lindoso. Por mais que seja volante, ele substituiu o meia no último sábado (foi a primeira substituição do Botafogo, inclusive) e jogou mais adiantado. Com Matheus Fernandes sólido e Felipe Conceição a cada dia mais decidido a não mudar o esquema, ou Lindoso perderá espaço ou atuará mais vezes por ali.
Realmente, ele não é uma forte ameaça à titularidade de Valencia, o que não acontece por exemplo quando o assunto é Marcos Vinicius. Por mais que não tenha entrado em campo no último fim de semana, ele deixou novamente uma boa impressão ao marcar o gol de empate de 2 a 2 com a Portuguesa.
A lista tem tudo para aumentar na quinta-feira, quando Renatinho deve estrear pelo Glorioso. Se deixar uma boa impressão ele repetirá o que aconteceu com Leandro Carvalho, que estreou no sábado, mas jogou aberto pelas pontas, e mostrou que poderá ser útil ao Glorioso. Luiz Fernando, que também não engrenou ainda, e Leandrinho, quando se recuperar, aumentarão a lista de concorrentes de Valencia.