Quando o torcedor do Botafogo soube que Saulo estava mesmo vetado para a partida contra o Sport, deve ter pensado que a tsunami de notícias ruins que vem inundando o futebol alvinegro nos últimos tempos faria mais estragos. Engano. Diego, quarto goleiro, estreou como profissional praticamente sem efetivamente trabalhar. E a vitória sobre a equipe pernambucana, da maneira que foi, mostrou outros sinais de que é permitido sonhar com dias melhores.
Ao menos dias de menos aflição para quem viu o time, desta vez, enfrentar um adversário pouco capaz de incomodar o mandante, que cumprir seu papel. E não foi mais um jogo em que Aguirre passou em branco. O uruguaio até perdeu uma chance clara, só que aproveitou a outra, logo em seguida.
Foi também o jogo em que Erik estreou pelo Glorioso e mostrou credenciais: velocidade e capacidade de municiar os companheiros. Em que pese, novamente, a fragilidade do adversário (tão ou mais debilitado que o também derrotado Nacional-PAR), já demonstrou bastante utilidade.
Boas notícias surgiram também do outro lado do ataque, com um Luiz Fernando que, confiante, foi o dono do primeiro tempo. Matheus Fernandes, elogiado por Zé Ricardo, fez uma boa partida após semanas. Para a felicidade do treinador, Jean, o outro volante, ainda deu uma assistência.
E se faltaram opções no meio-campo para esta ocasião, Bochecha está de volta e aumenta o leque de possibilidades para a partida contra o Tricolor Gaúcho. Saulo também deverá retornar. Yago, que deve substituir Igor Rabello (este sim, suspenso), foi bem sempre que solicitado.
Ainda são muitos desfalques. Ainda há muito o que evoluir no time que tem o quarto técnico no ano. O Campeonato Brasileiro, para o Glorioso, ainda é muito mais de afirmação e consolidação do que de aspirações mais ousadas, como vaga na Copa Libertadores. Isso posto, tais sinais devem ser suficientes para que o time se mantenha longe da zona de rebaixamento.