O atacante Luís Henrique, de apenas 18 anos, foi a surpresa boa no final de temporada do Botafogo, que acabou lutando contra o rebaixamento até o fim do Brasileirão. O jovem atuou nas duas últimas rodadas, contra Atlético-MG e Ceará, deixou boa impressão e teve o empréstimo renovado junto ao Três Passos Atlético Clube (TAC) até dezembro de 2022. O clube do Rio Grande do Sul tem uma parceria com o Glorioso, desde 2016, que finalmente começa a render frutos. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o empresário e ex-jogador Sandro Becker, responsável pela gestão do clube gaúcho, se mostrou satisfeito com a relação com Alvinegro e contou outros detalhes sobre o acordo entre as duas instituições.
– Assim como o Botafogo definiu a parceria com o Três Passos como bem sucedida, para nós, a recíproca é plenamente verdadeira. O Botafogo é um gigante do nosso futebol e um clube excelente para os nossos atletas. Estamos bastante satisfeitos – disse Becker.
Vigente desde 2016, a dobradinha entre Botafogo e TAC é simples. O clube gaúcho empresta jogadores a baixo custo, em troca da visibilidade que um grande clube brasileiro pode oferecer aos atletas. Em geral, o destino dos jovens que se destacam nos gramados do sul do país são as categorias de base de General Severiano. Os contratos podem envolver direitos de compra de parte dos direitos econômicos dos jogadores que terminem valorizados no mercado.
Luís Henrique será o primeiro jogador fruto da parceria a ser integrado à equipe profissional. Além dele, o Botafogo também tem outros cinco jogadores do TAC na base. São eles, o zagueiro Wesley, o volante Rafael, o lateral-esquerdo Felipe Vasconcelos, o goleiro Gabriel Toebe e o meia-esquerdo Pedro, irmão de Luís Henrique. A ideia de Sandro é que o exemplo do atacante sirva de motivação para outros talentos trilharem o mesmo caminho.
– Todos os meninos têm enorme potencial e são especialistas em suas posições. Creio que o dia a dia confirmará as nossas expectativas. Temos jogadores também na base do Inter, Grêmio, além de outros que já estão nas equipes profissionais de Figueirense, Botafogo SP e Sampaio Corrêa. Em cinco anos de projeto conseguimos a expansão que havíamos planejado – comemorou Becker.
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Como é a estrutura do clube no Rio Grande do Sul? Apesar de não se destacar em âmbito profissional, como são os recursos de captação para a base?
Nossa estrutura, em Três Passos, atende inteiramente as nossas necessidades. Possuímos um campo oficial, dois de treino, quadra de areia e academia.
Pela boa relação, as conversas para a prorrogação do empréstimo de Luís Henrique não foram complicadas. É vantajoso para o TAC ter um atleta em um clube grande do país?
A relação com a direção do Botafogo é muito boa e penso que a parceria é interessante para ambos os lados. O TAC ainda é uma agremiação pequena, disputa a segunda divisão do Campeonato Gaúcho. Nosso foco é a formação de atletas. Desejamos explorar potenciais e formar o perfil dos nossos atletas.