A produção ofensiva do Botafogo em 2020 passa muito pelos pés de Luís Henrique. Alex Santana e Bruno Nazário podem ter sido os autores dos gols na vitória sobre o Boavista, no último domingo, na estreia da Taça Rio, mas a participação do atacante, com as duas assistências, foi fundamental para a construção do resultado positivo.
Não apenas por números, mas o jogador de 18 anos vem acumulando atuações convincentes - apesar de uma natural oscilação pela idade - e, não à toa, ganhou pontos neste começo de trabalho de Paulo Autuori. O jovem, fruto da parceria entre o Três Passos Atlético Clube e o Botafogo, é um dos principais ativos do clube e, aos poucos, vai se tornando fundamental para o time titular.
- Foi um jogo difícil, consegui dar duas assistências mas não posso deixar de qualificar a equipe toda, que fez um ótimo trabalho dentro de campo e está de parabéns - afirmou Luís Henrique, em entrevista à "Botafogo TV", sobre o jogo contra o Boavista.
Desde a passagem de Alberto Valentim, Luís Henrique tem sido utilizado como atacante pelo lado esquerdo. No setor, é potencializado nas descidas em velocidade, puxando os contra-ataques do Botafogo. Além disto, se destaca pelos movimentos em diagonal, confundindo a marcação adversária - com tais corridas, inclusive, ele permite que Bruno Nazário tenha deslocamento para pisar na área e sair pelos flancos do gramado.
Luís Henrique, contudo, ainda comete erros no sentido da construção de jogo. Em muitas ocasiões - inclusive no duelo contra o Boavista -, o atacante gerou uma boa oportunidade de gol por meio de um drible e preferiu finalizar a gol mesmo tendo um companheiro sem marcação por perto. O atleta, apesar das duas assistências, poderia ter sido ainda mais garçom na partida.
O atacante pode cometer erros nesse sentido, mas é uma das principais fontes de construção de jogadas para o Botafogo. Aos poucos, vai se estabilizando como um dos integrantes mais importantes do elenco.