Análise: Botafogo tem desafio de acalmar os seus nervos e saber encarar jogos decisivos

Tropeços em clássicos refletem alerta de que o Alvinegro tem luta para driblar nervosismo e engatar boa temporada

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O desafio de acalmar os ânimos cerca o Botafogo após seus mais recentes tropeços na Taça Guanabara. Após ter um início promissor na competição, o Alvinegro esbarrou em ataques de nervos nos testes mais fortes contra rivais de Série A.

Entre as derrotas para o Vasco, por 2 a 0, e para o Flamengo, por 1 a 0, os comandados de Luís Castro tiveram cinco jogadores expulsos. Além disso, os atletas botafoguenses viram chances de domínio nos clássicos escaparem devido à afobação em jogadas decisivas e em momentos de indecisão

Em ambos os clássicos, a hesitação no início da partida custou muito caro. Diante dos cruz-maltinos, a expulsão de Adryelson abriu um espaço no setor defensivo botafoguense e deu margem para que os rivais fossem se impondo até definirem a partida. A rispidez do lateral Rafael também trouxe impacto no jogo seguinte.

Designado para a lateral direita, Daniel Borges se enrolou e abriu um latifúndio no qual Matheus Gonçalves deslanchou até a área. Joel Carli, substituto na defesa, ainda tentou proteger, mas não evitou o gol da vitória rubro-negra.

A perda de jogadores foi sintomática de um Botafogo nocauteado. Diante do Vasco, a equipe sofria para criar jogadas e ameaçar a meta de Halls.

No sábado (25), o Alvinegro passou por uma situação semelhante. Após ter sofrido o gol no início, a equipe de Luís Castro chegou a se encontrar e a ter troca de passes. Porém, era pouco incisiva e suas chances surgiam em jogadas individuais. 

Atada, a equipe recorria a lançamentos e a jogadas pelos lados, mas só deslanchou com a entrada de Carlos Alberto. Chegou a balançar a rede em lance anulado pelo VAR. As expulsões de Carli, Tiquinho e Marçal não trazem necessariamente broncas com arbitragem.

Há a certeza de que o Botafogo tem muito a trabalhar para engrenar no ano. A irritação demostrada nos clássicos e os momentos atabalhoados surgem como uma reflexão importante para que a equipe saiba ser forte em jogos decisivos.


- Não podemos terminar dois jogos com menos dois jogadores. Damos tudo em campo, mas tem que ser pelo caminho para conquistar pontos e vitórias, não para perder jogadores - admitiu o técnico Luís Castro. 

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