A primeira partida do Botafogo sob o comando de Bruno Lage foi longe de ter um resultado expressivo para o torcedor. Porém, em meio ao empate em 1 a 1 com o Patronato, da Argentina, no Estádio Nilton Santos, o treinador não só conseguiu testar seu elenco, mas também ficar a par do potencial de cada um.
Com a equipe classificada para as oitavas da Sul-Americana e na liderança do Brasileirão, o Lance! traz alguns aspectos que o português tende a avaliar em torno da atuação no Niltão.
ATUAÇÃO FORTE DE GATITO FERNÁNDEZ
Titular pela primeira vez na temporada, Gatito Fernández ratificou a segurança que transmitiu durante o tempo no qual foi titular absoluto do Alvinegro. O goleiro fez ao menos três defesas difíceis no decorrer do empate em 1 a 1 com o Patronato.
Além disso, demonstrou tempo de bola e muita atenção. O camisa 1 se torna uma boa "sombra" para Lucas Perri, colega de posição que também vem em grande fase na meta botafoguense.
DI PLÁCIDO EM ALTA
Em um momento no qual o Botafogo procura um lateral-direito para suprir a baixa de Rafael, Di Plácido vem mostrando desenvoltura em campo. O camisa 24, mais uma vez, foi uma boa opção ofensiva e deu trabalho para a defesa adversária. Além disso, teve de se empenhar para fechar os espaços.
Seu potencial começou a surgir sob o comando de Cláudio Caçapa, mas indica que há condições de ir se adaptando ao estilo de jogo do novo treinador.
DESAFOGO DE JANDERSON
Designado como titular, Janderson mais uma vez surgiu como boa opção de velocidade. Além de ter sido decisivo na jogada do gol de Luis Henrique, criou chances e fez boas tabelas com Luis Henrique, Matías Segovia e, posteriormente, Júnior Santos. Na etapa final, chegou a carimbar uma bola na trave.
O camisa 39 entra na fila como uma boa opção para a ponta, em especial para trazer "desafogo" em jogos mais desafiadores para o Alvinegro. Caso seja mais lapidado, tende a crescer.
PODERIO OFENSIVO DE LUIS HENRIQUE
Autor do gol do Glorioso, Luis Henrique apresentou novamente dedicação, ao apresentar-se para criar jogadas e tabelar com Matías Segovia, Gustavo Sauer e Janderson. Foi ovacionado ao sair de campo e, cada vez mais, vem se firmando como uma das opções da equipe no setor ofensivo.
DEDICAÇÃO E ALGUNS PONTOS A SEREM APRIMORADOS
Mesmo com uma equipe mista, o Alvinegro tentou tomar as rédeas da partida e apresentou bons momentos também em avanços no meio de campo, com Tchê Tchê, Gustavo Sauer e Matías Segovia. Porém, na etapa final, os passes pararam de sair com naturalidade.
Os jogadores do meio tropeçavam em erros e suavam para se desvencilhar da marcação do Patronato. Em algumas vezes, pareciam engessados. Desajustes da falta de entrosamento e de um natural relaxamento do jogo, mas que Bruno Lage tende a minimizar caso precise rodar seu elenco futuramente.