Após derrota, Bruno Lage reconhece ‘resultado inglório’ para o Botafogo e se exalta ao pedir mobilização da torcida

Em entrevista coletiva, treinador exige 'dimensão de campeão' ao Alvinegro

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O técnico Bruno Lage foi veemente ao pedir para que o torcedor do  Botafogo não deixe de apoiar a equipe mesmo após a terceira derrota consecutiva no Campeonato Brasileira. Em entrevista coletiva após o 1 a 0 sofrido para o Corinthians, na Neo Química Arena, o comandante detalhou que o momento da competição é mais desafiador.

O treinador bateu na mesa ao fazer um desabafo aos alvinegros.

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- Puxem para cima agora, é do que eles (jogadores) precisam. O torcedor do Botafogo é apaixonado, de um clube grande, mas na primeira rodada estavam lá 10 mil. Agora estão 50, 60 mil a empurrar esse time. Foram eles (jogadores) que puxaram para cima. Agora eles precisam desse carinho. E não que "olha, vamos entregar o ouro, vamos perder". Não, c...! Acreditem como nós, porque eles acreditam. Estavam com dez jogadores a correr, p.... Deram a vida pelo capitão, que teve que sair aos 25 minutos. Agora é o momento de estarmos todos juntos. Se tiverem que bater, batam em cima do treinador, sem problema nenhum - e destacou:

- Da mesma maneira que eu estou assertivo aqui, vocês entendam que é a forma que eu estou. As pessoas dizem: "Olha, como ele é parado na área técnica". Sou parado porque estou me controlando. É assim que eu trabalho todos os dias com meus jogadores, passando energia positiva. Passem também, torcedores. Se tiverem que apontar o dedo, apontem para mim, sem problema nenhum. É no Bruno, é no Bruno, é no Bruno. Deem carinho máximo para eles, não exponham mais pressão ou mais ansiedade, deem liberdade total para eles jogarem o jogo- completou.

O treinador, posteriormente, pediu desculpa pelos palavrões que deixou escapar.

Ao avaliar o jogo, Lage constatou a frustração para o Botafogo.

- É um resultado inglório, principalmente pela atitude e performance mostrada quando ficamos com um jogador a menos. O que posso dizer aos torcedores do Botafogo é aqui ninguém desiste, independentemente de haver sinais de alerta ou não. É contra tudo, como essas situações do futebol, como perdermos nosso capitão por cartão vermelho, e contra todos, porque é um campeonato muito competitivo e temos que jogar contra todos - disse.

O técnico falou para a equipe ter uma "dimensão de campeão".

- Hoje o que nós sentimos é isso, até mesmo fora, o adversário tem um enorme respeito. E nós temos que ter essa dimensão de campeão, e perceber quais são os passos das equipes que jogam contra nós. Fomos contra o Atlético-MG, jogaram para a trás, e aqui a mesma coisa, perceberam que éramos muito fortes em transição, em blocos, com saída rápidas. Se o sinal de alerta é isso, temos que perceber o que precisamos fazer quando tivermos a posse de bola. Os adversários viram o Botafogo jogar seis meses, e agora temos que perceber onde estão os espaços para darmos continuidade ao nosso jogo - afirmou.

Perguntado sobre a expulsão de Marçal, o treinador garantiu.

- Eu quero tomar uma posição que é a seguinte. Chamar a decisão do árbitro numa decisão que ele entendeu que era de ir ao VAR ver. Se isso tivesse acontecido nos últimos dois jogos, estaríamos falando de resultados completamente diferente. Aquilo que queremos é isso. Tomou a decisão, vamos ao VAR analisar a decisão. Infelizmente, repito, no jogo com o Flamengo houve quatro decisões de VAR que precisariam ser vistas pelo árbitro e no VAR também houve decisões que precisariam ser vistas pelo árbitro. Esta é minha posição. Nunca falei mal do VAR. Mas o que tenho dito desde sempre é que o VAR é um elemento fundamental num auxílio aos árbitros. É isso que nós queremos sobre os outros jogos. Fica esclarecido que o VAR seja consultado e tomada a melhor decisão - encerrou.

O Botafogo recebe o Goiás no Nilton Santos no dia 2 de outubro, uma segunda-feira. A equipe tem 51 pontos e é líder do Brasileirão.

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