Depois das cenas de violência, tiros e morte de um torcedor, o efetivo policial no entorno do estádio Nilton Santos será dobrado para a partida entre Botafogo e Olimpia, pela Libertadores, nesta quarta-feira. A medida é evitar qualquer transtorno no lado de fora, como ocorreu antes do clássico entre o Alvinegro e o Flamengo, pelo Carioca.
Se no domingo o efetivo previsto - que não chegou na hora - era de 50 policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), para esta quarta o número apresentado na reunião operacional da partida é o dobro: 100 agentes.
Além disso, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) vai alocar alguns dos seus 90 integrantes do efetivo para o jogo desta quarta no lado externo do estádio.
- Na parte externa eu não tenho ingerência, mas eu vou usar parte do efetivo no externo. Vou usar para auxiliar o efetivo do 3º Batalhão, por conta da possibilidade de haver alguma dificuldade na saída das unidades - explicou ao LANCE! o major Silvio Luiz, comandante do Gepe.
Segundo o major, a Polícia Militar já traçou um planejamento para contornar eventuais bloqueios.
- A corporação tomou medidas para levar ao estádio PMs de locais que não tenham problemas - explicou.
No domingo, quando os agentes da PM demoraram a chegar ao Engenhão e o cenário foi de guerra, até o comandante do Gepe não conseguiu trabalhar.
- A dificuldade apareceu no dia do jogo. Não tenho como dizer hoje se vai ter problema amanhã. Estamos tomando medidas para que não tenha - finalizou o major Silvio.
A preocupação com a segurança envolve também o Botafogo. O clube atendeu ao pedido do próprio Gepe para repetir o número de seguranças privados para o jogo desta quarta. Assim como domingo, serão 300 agentes.