Ataque unidimensional e meio-campo ineficaz: os problemas do Botafogo na derrota contra o Vasco
No primeiro tempo, o Glorioso praticamente só atacou pelo lado direito. Assim, a equipe ficou previsível dentro de campo e foi presa fácil para o sistema defensivo do Vasco
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Na manhã do último domingo, o Botafogo perdeu para o Vasco por 1 a 0, no estádio Nilton Santos, no jogo de ida da final da Taça Rio. Em campo, a partida foi de nível técnico fraco, e o Glorioso apresentou alguns problemas que não podem se repetir para a sequência da temporada: o meio-campo foi ineficaz, o ataque foi unidimensional e a equipe só conseguiu uma finalização na direção do gol de Vanderlei.
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O Botafogo não teve uma boa atuação durante toda a partida, mas foi no primeiro tempo que os problemas ficaram claros. Durante os 45 minutos iniciais, os volantes Romildo e Matheus Frizzo pouco apareceram. A dupla não mostrou eficácia na saída de bola e também jogou muito espaçada. Isso, então, obrigou a zaga a tentar alguns lançamentos diretos ao invés de trabalhar a saída de bola com passes.
Esses lançamentos, inclusive, foram quase todos para o lado direito, onde estava Ronald. Foi por ali que o Botafogo tentou criar quase todas as jogadas do primeiro tempo. Assim, com um ataque unidimensional, o Alvinegro ficou previsível dentro de campo e foi presa fácil para o sistema defensivo do Vasco, que pela primeira vez na temporada não foi vazado.
Ainda do lado direito, Ronald não fez uma partida ruim. Ele se movimentou durante os 90 minutos, trouxe velocidade ao time e sofreu um possível pênalti não marcado pela arbitragem. No entanto, o lateral Warley pouco apoiava, o que deixou o atacante muitas vezes sozinho. O Botafogo, portanto, desperdiçou o talento do jovem Paulo Victor e a velocidade de Marco Antônio pela esquerda.
A pouca criatividade ofensiva se refletiu nos números. O Botafogo conseguiu 11 finalizações, mas apenas uma teve a direção do gol de Vanderlei. A qualidade do ataque alvinegro no Campeonato Carioca também não é bom, o que mostra que este já é um problema recorrente.
Segundo o site Footstats, o Botafogo tem uma média de 12,8 finalizações por jogo, mas apenas 30,5% dessas finalizações encontram a direção do gol. Em entrevista coletiva, o técnico Marcelo Chamusca reconheceu o problema e admitiu que sua equipe precisa melhorar.
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- Até concordo que o Botafogo precisa melhorar nas finalizações. O Botafogo cresceu, principalmente na consistência defensiva. O Vasco teve muita dificuldade na nossa defesa, mas faltou força ofensiva, principalmente no segundo tempo depois do gol. Faltou qualidade e construção - disse Chamusca, que ainda completou.
- O jogo hoje foi de pouquíssimas finalizações dos dois lados, o Vasco até finalizou menos que o Botafogo, eles foram mais assertivos. Esses chutes que o Vasco criou no jogo foram de fora da área. Só teve uma finalização de dentro da área, que foi o gol. O jogo de muita marcação, truncado. Tecnicamente, foi muito abaixo da expectativa. O Botafogo tem muita dificuldade e a gente vem tentando trabalhando nesse aspecto durante a semana. Finalizamos mais mas só acertamos o alvo uma vez. O que dificulta um pouco é que são jogadores jovens, às vezes eles ficam ansiosos e a gente acaba pecando em um aspecto fundamental - finalizou.
O Botafogo volta a campo para o segundo jogo da final no próximo sábado, às 15h05, em São Januário. Em caso de vitória por um gol de diferença, a decisão irá para os pênaltis. Uma vitória por dois ou mais gols de diferença dá o título da Taça Rio ao Glorioso. Contudo, uma derrota ou qualquer empate coroam o Cruzmaltino como campeão.
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