Depois de uma das melhores atuações da temporada, o Botafogo encarou o vice-líder Corinthians, em Itaquera. Na abertura do returno do Brasileirão, a equipe voltou a enfrentar obstáculos que vão além das quatro linhas com ausências de atletas importantes. Algo que refletiu diretamente nos quesitos táticos e técnicos e pesou em mais uma derrota.
INÚMEROS PROBLEMAS E OSCILAÇÃO NO CAMPEONATO
O elenco alvinegro passa por um processo de formação, sendo montado com uma temporada em andamento. No primeiro ano do acionista John Textor, a tarefa é construir um estilo de jogo e, aos poucos, fortalecer o time para temporadas gloriosas no horizonte.
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Luís Castro, no entanto, tem enfrentado uma série de percalços, com jogadores lesionados ou em transição. O próprio assumiu que jamais, em sua carreira, enfrentou tantas contrariedades. A primeira delas, neste sábado, aconteceu antes da bola rolar. Eduardo apresentou febre e mal-estar e foi cortado do jogo.
Com a bola rolando, Marçal acertou um bom cruzamento logo no início, mas Lucas Piazon não soube aproveitar a chance. Antes dos 15 minutos, o lateral-esquerdo sentiu uma fisgada na posterior da coxa direita e deixou o gramado. Em seu lugar, entrou o jovem Hugo, que não teve uma noite feliz.
FALHA INDIVIDUAL E LADO ESQUERDO VULNERÁVEL
Ao lado do zagueiro Lucas Mezenga, o lateral não conseguiu ser efetivo na marcação e deixou o setor exposto. Por ali, o Corinthians teve as suas melhores chances e se aproveitou também de erros individuais. Mezenga saiu jogando de forma errada e perdeu o 'timing' do desarme. Roni aproveitou e deixou Gustavo Mosquito em condições de dar um corte seco em Philipe Sampaio e abrir o placar.
A partir desse lance, o Alvinegro se desorganizou em campo e teve sérias dificuldades para incomodar o adversário no primeiro tempo. Os recém-contratados fizeram falta, seja Eduardo com dinamismo no meio de campo, ou Marçal com uma marcação mais encaixada no lado esquerdo.
POUCO PRODUZIU E SÓ ASSUSTOU NO FIM
No fim do primeiro tempo, o Corinthians ainda conseguiu chegar em alguns lances, mas não levou perigo. Na volta do intervalo, o lado esquerdo da defesa alvinegra voltou a dar dor de cabeça e por ali os donos da casa finalizaram algumas vezes. Gatito evitou o perigo e por pouco não entregou o ouro ao chutar em cima de Yuri Alberto.
O melhor momento do Botafogo no jogo foi na reta final. Nela, Lucas Fernandes se mostrou, mais uma vez, o jogador mais lúcido do meio de campo. Luís Castro promoveu as entradas de Luís Henrique, Matheus Nascimento e Vinícius Lopes. O centroavante teve a chance de empatar, mas cabeceou em cima de Cássio.
+ ‘Nunca na minha carreira tive tantas contrariedades como encontrei no Botafogo’, diz Luís Castro, após revés
Os problemas e a oscilação continuam a perseguir o Glorioso no ano. Luís Castro segue na tentativa de encontrar o equilíbrio e definir um estilo de jogo. As constantes mudanças em virtude das lesões atrapalham. Contudo, caberá ao português se espelhar na atuação contra o Athletico-PR e fazer o time ser mais consistente com os reforços que vieram e os que podem chegar até 15 de agosto.