Auxiliar do Botafogo explica interação nas redes e valoriza torcida: ‘É decisiva e fundamental’
Vítor Severino destaca que mídias sociais são reflexo da sociedade e ressalta relação positiva com torcedores do Glorioso: 'É algo diferenciado em relação a outras que trabalhei'
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Licença PRO da UEFA, auxiliar de Luís Castro no Botafogo e social media. Vítor Severino, membro da comissão técnica do treinador do Glorioso, chama a atenção nas mídias sociais pela forma como interage com os torcedores de forma fácil, rápida e precisa. O português explica que tudo partiu de um estudo que ele mesmo fez do contexto e história do clube.
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- É óbvio que sou eu. Não há assessoria nenhuma. É só uma brincadeira do dia a dia. A rede social é minha, sou o responsável pelas postagens e brincadeiras. Ninguém estudou para mim. Não faz sentido trabalhar em um clube e não conhecer sobre o patrimônio histórico e cultural, é ridículo. O elenco é só uma parte. Vir para o clube e dizer que só tem o elenco é mentira. Há toda a base de Nilton Santos, Garrincha, Quarentinha... Estamos aqui para valorizar ainda mais isso tudo - explicou, em entrevista exclusiva ao LANCE!.
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Apesar do tom de brincadeira, Vítor realmente vê um potencial grande nas redes sociais. Para ele, as mídias são uma representação da sociedade. O português se classifica como uma "pessoa alegre, positiva e divertida" - e tenta transparecer justamente isso no Twitter e Instagram. Mas há um contexto ainda maior por trás.
- São dois motivos: para chegar onde cheguei hoje eu enviei muita carta em papel, ainda não tinha muito e-mail, ficaram muitas pessoas para me responder, nunca consegui um estágio e hoje valorizo estar ao lado de cá e ver a mim do outro lado. Foi assim que cheguei aqui. Tento dar às pessoas aquilo que o futebol já permitiu. Não é muito, mas foi o futebol que permitiu. Ter jogado Champions League, enfrentado o Guardiola, semifinal de Liga Europa, ser campeão, Porto, Botafogo... Não posso esquecer de quem eu era quando ninguém abriu a porta para mim - disse, e emendou:
- A outra é a Ucrânia. Quando cheguei lá a assessoria do Shakhtar disse que Donetsk estava ocupada e estávamos em Kiev. A maioria da torcida estava em Donetsk, em Kiev eram mais novos. Nos pediram para participar nas redes sociais por conta da guerra e porque as pessoas gostam de conhecer o treinador, auxiliar, preparador físico... A única forma de chegarmos até eles era nas redes sociais. Criei vários laços lá com pessoas que falo até hoje, inclusive crianças que recebi presentes dos pais. Pensei que a rede social era muito maior do que pensava. Com um clique posso fazer dez pessoas felizes. Há um lado perverso, mas sou uma pessoa feliz e penso no lado positivo. Esses são os meus valores, não julgar ninguém, respeitar as pessoas pela questão ética, religiosa o que quer que seja e partilhar o amor pelo futebol - completou Vítor.
As postagens do auxiliar já viraram tradicionais no dia a dia do Botafogo e do torcedor alvinegro. Ele também valoriza a interação com o torcedor. E espera que o carinho não fique apenas no contato virtual.
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- A torcida é decisiva e fundamental. Sentimos muito a energia. Uns amigos me disseram que era uma torcida diferenciada. Não vou fazer comparações, mas é algo diferenciado em relação a outras que já trabalhei. Não vou dizer que gostam mais, mas é uma relação de 24 horas. Ficamos muito agradecidos, é decisivo para o crescimento. Perguntam sobre cobrança nas redes sociais... Quando perder faz parte. Jogamos sempre para ganhar sabendo que não vamos ganhar sempre. A própria cobrança faz parte. Isso está no dia a dia, não existe time grande sem cobrança. O futebol é assim.
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