O momento do Botafogo dentro de campo é de preocupação. O time não vence há cinco jogos no Brasileirão, é uma das quatro equipes que não venceu no segundo turno e vive instabilidade. Mesmo assim, o clube passa por um cenário "praticamente inédito" no Brasil no que diz respeito à posição envolvendo o treinador.
+ Ao L!, Textor explica motivos da saída de Erison do Botafogo: 'Temos várias opções para marcador'
Luís Castro tem nove vitórias, seis empates e 12 derrotas em 29 jogos pelo Alvinegro. Neste conturbado momento, seria comum em muitos clubes do país que o português estivesse balançado no cargo - ou até mesmo demitido, dependendo dos casos.
Não no Botafogo. O português não está pressionado neste sentido de sair do cargo. Com a compra de John Textor, proprietário da SAF, a medida adotada foi pela paciência com os processos, tempo e deixar o projeto de médio prazo acontecer.
O entendimento interno, contudo, é que os resultados precisam melhorar. Ao mesmo tempo, há confiança que os placares positivos vão aparecer se a equipe continuar no ritmo que está - a avaliação foi de um bom desempenho e um "resultado injusto" na derrota para o Flamengo, no último domingo.
A posição vai em contramão em boa parte da torcida. Luís Castro é um dos principais alvos de xingamentos e vaias nos jogos do Glorioso no Estádio Nilton Santos e sofre com a pressão externa.
Essa também é uma das novas facetas da SAF, que também coloca as convicções acima de tudo em alguns contextos - e esse é um deles. Luís Castro é o "homem certo" para o trabalho de acordo com John Textor, mesmo com os resultados recentes sendo ruins.
A mudança de paradigma de uma SAF em relação à pressão da torcida sobre um treinador é uma novidade no futebol brasileiro. Ainda mais no contexto de um time grande, que estava acostumado até então a mudar técnicos quando os resultados desejados não batiam à porta. É um cenário inédito para o Botafogo e mostra que o clube está realmente empenhado em manter o projeto.