Bruno Lage lamenta empate do Botafogo na Sul-Americana: ‘Resultado injusto’

Treinador português também pontua que ainda não conseguiu escalar uma equipe ideal

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O Botafogo empatou com o Defensa y Justicia, da Argentina, na noite dessta quarta-feira (23). Para o técnico Bruno Lage, o resultado não condiz com o que a equipe apresentou na partida.

- É um resultado muito injusto pelo que os atletas fizeram, fomos muito superiores ao nosso adversário durante os 80 minutos, tivemos várias oportunidades no primeiro e no segundo tempos para ter outro desfecho que não esse. Tivemos um desempenho sólido até o cansaço cair - disse Bruno Lage. E completou enaltecendo os jogadores:

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- Fico satisfeito porque os jogadores correram, lutaram, fizeram um jogo sólido, com consistência na posse de bola. Sobre a volta, os jogos são sempre difíceis, a sequência assim obriga. Era uma boa equipe, que nos obrigou a correr, mas vamos convencidos que podemos fazer um bom jogo na Argentina.

Bruno Lage também comentou a opção de escalar um time completamente alternativo. O treinador português lamentou ainda não ter conseguido escalar uma equipe que considera a ideal.

- Desde que cheguei, nunca consegui escalar o time ideal. Contra o Santos, foi o Cuesta suspenso, depois o Adryelson, depois o Marçal, Eduardo também esteve lesionado, perdemos o Tiquinho e a equipe tem tido capacidade de dar a resposta. Por isso, olhei para eles e tentei tirar o melhor de cada um. O Danilo já foi titular, o Gatito já foi titular, o Júnior (Santos). E temos que encontrar soluções para os lados, o Marçal está machucado, e o Di Placido está suspenso (para domingo, contra o Bahia) - pontuou o treinador.

Já o atacante Victor Sá revelou que o grupo não tem uma preferência por títulos. Para o jogador, o Botafogo vai buscar levantar as duas taças: a do Campeonato Brasileiro e da Sul-Americana.

- O nosso grupo não tem preferência. Trabalhamos igualmente para ganhar as partidas. Entrar em campo e dar o melhor desemepenho. Criamos muitas chances e não conseguimos fazer os gols. Temos totais condições de conseguir a classificação - afirmou Victor Sá.

- Joguei na maior parte da minha carreira do lado esquerdo, mas posso fazer o lado direito também.

O Botafogo volta a entrar em campo neste domingo (27). O Alvinegro vai enfrentar o Bahia às 16h, no Estádio Nilton Santos, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Victor Sá e Bruno Lage concederam entrevista coletiva após o empate do Botafogo (Foto: Matheus Guimarães/Lance!)

MAIS RESPOSTAS DO TÉCNICO BRUNO LAGE:

APOIO AOS MAIS JOVENS
- Apoio e carinho ao Jota (JP Galvão) e ao Hugo, todas essas pessoas que estão começando a dar esses primeiros passos e precisam de apoio. Eles precisam de apoio. É melhor ser motivado do que sentir ansiedade. É só ver a maneira como entramos no jogo, a torcida foi fantástica apoiando a equipe. Virei para a torcida para pedir apoio. O talento e capacidade técnica eles têm, o carinho e o apoio vão lhes ajudar em alguns momentos para controlar a ansiedade.

GABRIEL PIRES
- Nós sentimos o grupo muito forte e unido. Falem do espírito. O Gabriel é um jogador com muita qualidade, vinha de uma lesão prolongada. Às vezes, o jogador já quer atuar muito. Nós perdemos o jogo contra o Tiquinho contra o Internacional, no jogo seguinte só demos 45 minutos para ele, contra o Guaraní. Nós estamos em um corrida para algo muito importante. Eu enquanto treinador tenho que gerir isso. A euforia de fora e toda a gente aqui dentro. O Diego veio de uma paragem prolongada, ontem fez meia hora, hoje já mais um pouco. Às vezes, o treinador mete o jogador lá dentro e não se percebe a condição do jogador e o risco. É por isso que nós continuamos correndo como equipe.

OUTRA PERSPECTIVA SOBRE RESULTADOS
- Você diz da maneira que temos seis empates e três vitórias. Vou mudar isso: passamos de duas eliminatórias na Sul-Americana, empatamos com o Cruzeiro e estamos passando pelos nossos adversários. Sempre olho para aquilo que é o percurso. Torcedor desconfia, mas é o mais importante é a gente estar aqui no Botafogo. Quem tiver interesse de olhar o jogo de outra maneira nós vamos fazer o jogo de outra maneira. Todos nós sentimos isso, que nossa performance foi boa. O último empate contra o São Paulo, ontem vimos um bucadinho do jogo, e tivemos oportunidades perdidas. Hoje voltamos a criar e não vencemos.

MATEO PONTE
- Mateo (Ponte) estava com desconforto no joelho, treinou os últimos dois dias, hoje queria ter dado uma oportunidade para ele. Tinha duas substituições planejadas, eram o Luís (Henrique) e o Diego entrando no Victor Sá e no Matheus, e o resto seria até onde as pessoas aguentariam. Di Plácido tem jogado muito bem, não tem dado chance de ninguém a jogar. Há 15 dias, quando o JP estava indo bem contra o Guaraní, se machucou, e o Di Plácido teve que entrar. Nós temos muitos jogadores chegando com potencial e temos que gerir. Qualquer um deles, com 20 anos, estamos a viver com muito bom, mas temos que ter pessoas com experiência para ter capacidade de suportar a ansiedade. O clube não ganha um Brasileirão há 28 anos, a Sul-Americana há 30 anos… Essa ansiedade que é passada aos meninos é ajudada por quem está ao meu lado (Victor Sá). Esse é o projeto do Botafogo. Amanhã eles serão os jogadores de experiência. Às vezes entendo a ansiedade, e não pressão, porque isso sempre tem em uma equipe grande, mas isso faz parte de estar nesse ambiente.

ANSIEDADE DO ELENCO
- Ansiedade é de fora para dentro. Um grupo que fez uma atuação como essa não sente ansiedade. Dentro do grupo não há ansiedade nenhuma. Há cuidado com os jogadores que chegam para lidar com a pressão.

QUESTIONAMENTO AOS JORNALISTAS
- Não me levem a mal, mas aí vai uma pergunta, já que estamos nesse período de analisar Bruno Lage no Botafogo. Desde que cheguei, qual é a equipe do Brasileirão, qual é a equipe que consegue manter as performances no Brasileirão e na Sul-Americana ou Libertadores?

MAIS RESPOSTAS DE VICTOR SÁ:
- No Campeonato Brasileiro temos atuações melhores dentro de casa. Sabemos da qualidade da equipe. Tem bastante gente experiente dentro do elenco. Passamos tranquilidade para os meninos mais novos. Não tivemos atuações tão dignas quanto no Brasileiro, mas tivemos chances de gols.

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