Busca por técnico ‘cascudo’ fez Botafogo descartar estrangeiros

Diante de infinidade de nomes oferecidos, diretoria do Alvinegro procura treinador que pode aguentar pressão da atual realidade vivida dentro e fora dos gramados pelo clube

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Com Paulo Autuori sendo, no momento, o alvo número um da diretoria do Botafogo para assumir o cargo de treinador para a temporada, a estratégia do Comitê Executivo de futebol na busca pelo substituto de Alberto Valentim, demitido no último domingo após ter sido goleado pelo Fluminense, no Campeonato Carioca, começa a ser desvendada.

Sem recursos financeiros, o teto salarial estipulado pelo Botafogo é de R$ 180 mil por mês ao novo técnico. Não há a possibilidade do valor ser ultrapassado. Desta forma, a diretoria sabe que não pode fazer loucuras no mercado e quer dar um "tiro certo". Identificado com Carlos Augusto Montenegro, presidente na conquista do Campeonato Brasileiro em 1995, Autuori se encaixa nisto.

O perfil que os dirigentes do Glorioso buscam é de um treinador experiente e que chegue, justamente, com a ciência da atual situação que o clube vive dentro - constantes problemas financeiros - e fora das quatro linhas - transição para o possível modelo de clube-empresa.

Por isto, nomes que estão há pouco tempo no mercado e pouca idade foram descartados. A intenção do comitê é ter alguém de nome e que possa "aguentar o tranco" nos momentos mais complicados da temporada. No ano passado, vale ressaltar, a boa relação do elenco com Anderson Barros, então diretor de futebol, pesou para que os atrasos salariais não atrapalhassem o desempenho dentro de campo.

Também, desta forma, os membros do comitê do Glorioso optaram, em um primeiro momento, por não contratar um treinador estrangeiro. Além do natural tempo de adaptação, os dirigentes do clube entendem que o comandante não se entenderia a realidade da instituição e, por isto, não saberia municiar o elenco. 

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