Reta de chegada, esforço final. O Botafogo vem se preparando para o jogo que pode garantir o time na próxima Libertadores. Quem sabe até na fase de grupos. Mas, contra o Grêmio, a partida derradeira do Campeonato Brasileiro será também a primeira em que jogadores mais próximos das vítimas do voo da Chapecoense. Para Camilo, que perdeu cerca de 30 ex-companheiros, a vida mudou completamente.
- Muda a cada dia que você levanta. Muito agradecimento a Deus por nos levantarmos e fazermos o que gosto. Temos que vir dispostos para fazermos o que gostamos. E pensarmos sempre com carinho, que é o mais importante - explica o meia.
O meia do Glorioso, assim como o volante Bruno Silva, era muito ligado aos mortos na tragédia de semana passada. Eles passaram duas temporadas lá. Por isso o cansaço natural de fim de ano, para eles, está ampliado desta vez.
- É fim de ano, desgaste da temporada, podia acabar uma semana antes. Mas estamos nos dedicando bastante. Nos primeiros dias após a tragédia, era muito difícil. Estamos trabalhando a cada dia para alcançarmos o nosso objetivo - valoriza Camilo.