Caso Dória: Botafogo anula sentença e processo seguirá na busca de prova
Depois de ser condenado a pagar 40% do valor total que recebeu da venda do zagueiro para o Olympique de Marseille, da França, em 2014, caso terá que ser revisto e investigado
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O Botafogo conseguiu uma vitória na Justiça. No caso envolvendo o zagueiro Dória, por unanimidade, a Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), com relatoria do desembargador Luciano Saboia Rinaldi de Carvalho, acolheu o recurso do Alvinegro e anulou sentença a favor do "Niterói Futebol Clube", que alega ser sócio do Botafogo nos direitos do atleta. O acórdão foi publicado na noite desta quinta-feira.
Em 2016, o Niterói Futebol Clube processou o Botafogo. Em primeira instância, em maio de 2018, a juíza Katia Cilene da Hora Machado Bugarim, da 42ª Vara Cível do TJRJ, condenou o Botafogo a pagar ao Niterói o percentual devido por força do contrato de transferência firmado com o clube Olympique de Marseille, da França, na venda de Dória em 2014 - 40% sobre o valor total recebido pelo clube de General Severiano nesta transação. Em 2017, chegou a ter bloqueio de R$ 1.430.800,00.
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Nos autos deste recurso aceito, o Botafogo alegou cerceamento de defesa e descumprimento de decisão de segunda instância para a busca de provas antes da sentença ser proferida. Há a nomeação de pessoas envolvidas no caso que deveriam ser ouvidas. O Botafogo alegou também que no primeiro contrato, em 2010, o Niterói cedeu 100% dos direitos federativos e 60% dos econômicos de Dória, com os 40% restantes seguindo com o Niterói.
Em 2012, em um novo contrato, o Botafogo afirmou que as partes autorizaram a negociação de seus direitos econômicos. Sendo procurado posteriormente pelo clube da França, quando vendeu os seus direitos - os 40% alegados pelo Niterói teriam sido negociados pelo representante da equipe da região metropolitana do Rio de Janeiro, que se apresentava como o empresário de Dória. Pedidos de quebra de sigilo bancário também foram solicitados para que fossem confirmadas as relações entre os envolvidos na investigação sobre o caso.
Agora, o caso volta para a primeira instância, que terá que seguir a investigação, buscando as provas apontadas em sede recursal, para, posteriormente, uma nova sentença ser proferida.
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