O cuidado com a memória de Garrincha passa por um grande drama. De acordo com informações divulgadas pelo "Extra", nesta terça-feira, a Prefeitura de Magé e parentes do craque eterno do Botafogo e da Seleção Brasileira não sabem onde estão enterrados os restos mortais do jogador.
O Cemitério Municipal Raiz da Serra, localizado na cidade da Baixada Fluminense admitiu a hipótese de que os restos mortais de Manuel Francisco dos Santos, morto aos 49 anos em 1983, possam ter se perdido durante um processo de exumação.
- Pelo que a gente pesquisou, não se tem certeza de que ele está enterrado. Houve uma informação de que o corpo foi exumado e levado para um nicho (gaveta no cemitério), mas não há documento da exumação - disse Priscila Libério, administradora atual do cemitério.
Há duas sepulturas com o nome de Garrincha no local: uma coletiva, onde estaria enterrado o restante da sua família, e outra a 200 metros, que marcou o ponto como um obelisco. Rosângela Santos, filha de Mané, desabafou sobre o episódio:
- Meu pai não merecia isso.
João Rogoginsky, primo do jogador, admitiu que o corpo de Garrincha saiu do túmulo onde originalmente foi sepultado em virtude de outra pessoa ter morrido cerca de dez anos depois. Porém, não teria assistido à exumação e só ficou a par da transferência do local onde está o corpo.
A prefeitura de Magé descobriu que os restos mortais de Garrincha estavam em local incerto por acaso. Quando o prefeito atual, Rafael Tubarão, tentou celebrar o aniversário de 84 anos do saudoso jogador, o relatório do cemitério baseou-se em um relatório que confirmava a presença dos parentes do jogador na exumação. Tubarão se dispôs a exigir uma nova pesquisa no cemitério:
- Se a família concordar, faço exumação nas sepulturas. E um DNA para saber se algum corpo é o de Garrincha
Garrincha morreu em 20 de janeiro de 1983, aos 49 anos, devido a problemas em decorrência do alcoolismo.