Muito mais que uma classificação. O Botafogo precisou superar fatores extra-campo para segurar o Colo-Colo no Monumental e garantir a vaga na próxima fase da Copa Libertadores. Dentre eles, vestiário pintado em cima da hora - com os jogadores e comissão técnica reclamando do forte cheiro - objetos atirados dentro do campo e provocações por parte dos chilenos fora dele.
O tratamento recebido pelo Glorioso desde a chegada no Monumental foi alvo de críticas por parte do técnico Jair Ventura. Desde a torcida até os atletas, o cenário foi de pressão e objetos atirados no alçapão do Colo-Colo. Até por isso - além da proximidade das arquibancadas do campo - o comandante alvinegro se virou para os chilenos após o tento salvador de Rodrigo Pimpão. Provocação ou não, Jair lembrou do mantra de que as coisas se resolvem dentro de campo.
- Se me perguntar o que aconteceu na hora do gol, a gente sai do ar. O melhor momento do futebol, né... pintaram vestiário em cima da hora, tacaram coisas na nossa torcida, na gente... mas futebol se ganha dentro de campo - desabafa o comandante, que trás na bagagem a classificação para a próxima fase.
O cheiro deixado no vestiário foi alvo de crítica também por parte dos atletas. Pimpão chegou a admitir um certo mal estar por conta da situação. Mas nada que impedisse o atacante alvinegro de vencer Villar e garantir a classificação.
- Chegamos e o pessoal pintou o nosso vestiário, para ficar com cheiro forte de tinta. Até tive um mal estar. Mas futebol é no campo, e o importante foi ver esses 500 torcedores comemorando - disse Pimpão ao canal Fox Sports.
As críticas se direcionaram também ao discurso da imprensa chilena sobre o time alvinegro. Segundo os atletas, muitos deram a classificação como certa para o Colo-Colo, desmerecendo a equipe alvinegro. No apito final, o alívio pelo resultado e pela resposta ao rival. O Botafogo chega forte na Libertadores.