O primeiro teste do Botafogo diante de uma equipe da elite do futebol brasileiro terminou de maneira chocante. Diante do Flamengo - mesmo recheado de reservas e jogadores das categorias de base -, o Alvinegro foi dominado, não apresentou continuidade nos elementos táticos e técnicos que vinham aparecendo anteriormente e foi uma presa fácil.
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Contra uma equipe com mais poder técnico, o Botafogo sequer teve poder de fogo para ameaçar o rival no primeiro tempo. O clube de General Severiano não viu a cor da bola nos 45 minutos iniciais e estava em campo apenas para evitar tomar gols. Levou um, de Rodrigo Muniz, colocando o Flamengo à frente.
As alterações no segundo tempo surtiram um mínimo efeito e o Botafogo fez o mínimo para fazer a defesa do Flamengo correr na etapa complementar. Matheus Babi ainda obrigou Renê a tirar uma bola embaixo da linha, mas a expulsão de Kanu tirou qualquer ímpeto do Alvinegro em uma possível reação. Se no onze contra onze a situação já não era das melhores, com diferença numérica foi impossível.
Em campo, Chamusca repetiu a escalação que começou a partida contra o Vasco. Assim como aconteceu contra o Cruz-Maltino, o Alvinegro não começou bem: desta vez, teve dificuldade para trocar quatro passes seguidos e sair da pressão do Flamengo. A escolha de Marcinho como meia não surtiu efeito - o camisa 39 não apareceu como opção de passe e arrastou o jogo do Glorioso.
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A partida melhorou com a entrada de Felipe Ferreira. Não necessariamente por mérito individual, mas sim por algo posicional: o camisa 17 apareceu para ligar o meio-campo com o ataque e o Botafogo já apareceu assustando o Rubro-Negro com uma maior frequência do que no primeiro tempo - nada que fosse complicado, vale ressaltar.
O revés de 2 a 0 mostrou que o espaço do Botafogo para uma competitividade elevada ainda é grande. Talvez maior do que imaginava-se antes, já que a atuação diante do Flamengo foi a pior da equipe na temporada 2021, com mínimos pontos positivos a serem destacados.
A partida serviu como um choque de realidade. Claro que é utópico pensar que o Botafogo pode alcançar o nível técnico e de competitividade do Flamengo em tão pouco tempo de trabalho, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido e pontos que precisam ser, pouco a pouco, melhorados.