Com apenas uma vitória no returno, campanha do Botafogo tem números inferiores aos rebaixamentos do clube

Com apenas 23 pontos em 27 jogos, atual elenco soma menos pontos do que as campanhas de 2002 e 2014, anos em que o Glorioso amargou duas quedas para a segunda divisão

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No último domingo, o Botafogo fechou 2020 com mais uma derrota em seu estádio pelo Campeonato Brasileiro e segue seu calvário na luta para sair da zona de rebaixamento. Com apenas uma vitória no returno, o time soma 23 pontos em 27 partidas disputadas e tem números inferiores às campanhas de 2002 e 2014, anos em que o Glorioso amargou duas quedas para a segunda divisão.

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Em 2002, o regulamento do Campeonato Brasileiro era outro, com apenas um turno e o sistema de mata-mata entre os oito melhores classificados. Sendo assim, disputaram esta edição 26 equipes, e cada uma delas tinha 25 jogos na primeira fase. Apesar disso, o Botafogo, que terminou na lanterna, ficou com 25 pontos (seis vitórias, sete empates e doze derrotas), e 33% de aproveitamento, números superiores à atual campanha.

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Doze anos depois, o time de General Severiano figurava na lanterna da competição na 27ª rodada. Dessa vez com 26 pontos, em uma campanha de sete vitórias, cinco empates e quinze derrotas, com 32% de aproveitamento (terminou com 29%). Ou seja, uma pontuação maior e com mais vitórias que a atual fase do time em 2020. Nesta edição, o time tem apenas 4 vitórias, assim como onze empates, doze derrotas e 28% de aproveitamento, que pesam na conta contra mais um iminente rebaixamento.

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Um fato curioso é que ambas as campanhas não são as piores da história do Botafogo em Campeonatos Brasileiros. A Taça Brasil de 1963 com 25% e os números de 1993 (21%) são ainda inferiores. No entanto, o time de Garrincha, lesionado na época, só entrou em campo em dois jogos, na semifinal do torneio diante do Bahia, o que suaviza o baixo aproveitamento. Já em 93, o Alvinegro teve uma fraca campanha na competição nacional, no mesmo ano em que o clube erguia o troféu da Copa Conmebol.

Restam apenas onze jogos, e o técnico Eduardo Barroca necessita recuperar o grupo psicologicamente e tentar subir de produção na base da vontade e da entrega total. Apesar das limitações de um elenco desequilibrado, matematicamente, ainda é possível salvar o Botafogo, porém o tempo não joga a favor do time carioca, que precisa de um verdadeiro milagre e uma série de vitórias até o fim da competição.

Com a pandemia, a atual edição do Brasileirão chegará à sua reta final no início de 2021, com o término marcado para o mês de fevereiro. Pela frente, o Glorioso terá alguns confrontos diretos, aqueles famosos jogos de seis pontos. Até o final, o time enfrentará Athletico-PR, Vasco, Sport, Atlético-GO, Goiás e Ceará, todos da parte de baixo da tabela.

Por outro lado, o Alvinegro terá jogos contra equipes que almejam uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores ou ainda brigam pelo título como: Palmeiras, Fluminense, Grêmio, Santos e São Paulo. Dessa forma, Barroca corre contra o tempo e tenta corrigir os erros e dar sequência ao trabalho. No returno, o time só venceu uma partida (12,50 % de aproveitamento), contra o Coritiba, lanterna da competição, e único time à frente do Botafogo na classificação.

- Vou continuar buscando todas as alternativas, confio muito na equipe, entendo que a situação é adversa, mas temos que continuar com trabalho, confiança, correções e assumindo as reponsabilidades. Nosso intuito era pressionar o Corinthians, criar mais oportunidades, infelizmente não conseguimos. Vamos aproveitar o que esse jogo vai nos dar de aprendizado para a próxima partida - disse Barroca após a derrota para o Corinthians, no estádio Nilton Santos.

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