Bragantino x Botafogo: com novos modelos de negócio, clubes vivem situações semelhantes no Brasileirão
Red Bull adquiriu o clube-associativo e mudou escudo e cores do Massa Bruta em 2019. No Glorioso, John Textor aparece como figura do 'dono' carismático e bilionário
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O jogo que fechará a 15ª rodada do Brasileirão marcará o encontro de dois times que optaram pela transformação fora dos gramados. RB Bragantino e Botafogo adotaram modelos diferentes de gestão, que estão em estágios distintos, porém vivem momentos semelhantes em campo. Ambos oscilam em termos de desempenho e seguem na busca para alçar voos maiores na temporada.
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MUDANÇAS DENTRO E FORA DE CAMPO
Ao longo dos últimos anos, o debate sobre a criação de clubes-empresas tomou conta do futebol brasileiro. Em meados de 2019, a empresa austríaca de bebidas energéticas (Red Bull) decidiu entrar no mercado nacional e adquirir o Bragantino. Foram pagos R$ 50 milhões para a compra do clube-associativo e todos os títulos de sócios.
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Desde então, a empresa, que também atua no futebol alemão, austríaco e norte-americano, decidiu apostar na contratação de jovens promessas a serem lapidadas. Com um trabalho a longo prazo de Maurício Barbieri, a equipe foi finalista da Copa Sul-Americana 2021, contra o Athletico-PR, e mostrou que também quer ser protagonista no Brasil.
A LEI DA SAF NO BRASIL E A FIGURA DO 'DONO'
Em 2021, o contexto era de um intenso debate sobre a criação das Sociedades Anônimas do Futebol. Foi então que as conversas ganharam contornos jurídicos, e a lei nº 14.193/2021 foi sancionada. Nela, clubes poderiam se transformar em SAF e passar a ter instrumentos para a capitalização de recursos e financiamento público.
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O estabelecimento da lei trouxe um frescor ao futebol nacional e uma abertura ao mercado estrangeiro. Com isso, clubes gigantes como Cruzeiro e Botafogo, afundados em dívidas, modificaram seus estatutos e abriram a possibilidade de terem a figura dos "donos".
O norte-americano John Textor, então, adquiriu 90% da SAF alvinegra e gastou R$ 65 milhões na primeira janela de transferência. Os reflexos em campo ainda não aconteceram, mas diante de uma escolha ainda embrionária, o futuro tende a ser glorioso com promessas de mudanças também estruturais.
SEMELHANÇAS EM CAMPO: OSCILAÇÃO E TRABALHO A LONGO PRAZO
Em campo, Textor escolheu o nome de Luís Castro para comandar a equipe em campo. Com desfalques e ainda lacunas no elenco, o time ainda está longe do ideal e patina na temporada. Contudo, o projeto é a longo prazo, e o torcedor terá que ter paciência, algo que geralmente não acontece no futebol brasileiro.
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Nesta segunda, os dois modelos se encontram em campo. Na tabela, ambos têm 18 pontos, a seis do Fluminense, o primeiro do G6. O RB Bragantino foi eliminado das copas, enquanto o Botafogo sofreu uma derrota pesada para o América-MG na Copa do Brasil, e terá que reverter um placar de 3 a 0.
Em campo, a semelhança também é na aposta de trabalhos a longo prazo. John Textor pretende dar tempo e condição para Luís Castro trabalhar. Algo que Barbieri teve, tornando-se um dos treinadores com o trabalho mais longevo do Brasil (assumiu em 4 de setembro de 2020).
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