Luís Castro não teve vida fácil na noite desta quinta-feira (29). O treinador foi vaiado e xingado pelos torcedores presentes no Nilton Santos que acompanharam a partida entre Botafogo e Magallanes pela Sul-Americana.
O Glorioso não conseguiu ter uma atuação segura e acabou empatando com Magallanes por 1 a 1. Com este resultado, a equipe alvinegra ficou na segunda colocação do grupo.
PRESSÃO DE SOBRA EM TORNO DE LUÍS CASTRO
Antes da bola rolar, torcedores imprimiram notas de 1 rial (moeda saudita) com imagens de Luís Castro de turbante em cada cédula e levaram para as arquibancadas. Perguntados pelo Lance! nos arredores do estádio, muitos botafoguenses alegaram que se sentiram traídos pela postura do treinador nos últimos dias.
Alguns torcedores alvinegros começaram a direcionar xingamentos ao português assim que o ônibus do clube chegou. O treinador continuou a ser alvo de ofensas também na hora do aquecimento.
Na divulgação da escalação, as insatisfações ganharam mais peso. Na hora que anunciou Luís Castro no telão, vaias fortes vieram das arquibancadas do Nilton Santos.
CLIMA FORA DO COMUM
Quando os dois times entraram no gramado, os torcedores alvinegros cantaram os nomes dos titulares. Depois que homenageiam os 11 jogadores, é normal que gritos de “ah, é Luís Castro” sejam entoados nas arquibancadas. No entanto, preferiam homenagear Joel Carli, que está se aposentando dos gramados e realizou sua última partida pelo Botafogo.
No início da partida, alguns torcedores puxaram xingamentos ao técnico. No entanto, boa parte dos alvinegros preferiram apoiar os jogadores em campo e também abafaram com gritos de “vamos ganhar, Fogo”.
No segundo tempo, os jogadores alvinegros ficaram menos dominantes em campo e pararam de atacar. Depois da expulsão de Marlon Freitas, tudo desandou. O Botafogo acabou sofrendo um gol do Magallanes no final do jogo.
As ofensas para Castro voltaram à tona ainda no decorrer da partida. Mas, no término do jogo, as insatisfações ficaram acentuadas, com direito a ouvir "Ô, Luís Castro, vai se f..., o Botafogo não precisa de você!". O treinador, que ensaia uma despedida, corre o risco de ter como última lembrança um clima de hostilidade justo no Niltão.