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Com sombra de meias, Luiz Fernando, mais uma vez, não rende centralizado

LANCE! analisa as recentes atuações de Luiz Fernando como articulador do Alvinegro, que vem de quatro vitórias consecutivas na temporada

Luiz Fernando
Improvisado como meia, Luiz Fernando não tem repetido as ótimas atuações de 2018 (Foto: Vítor Silva/SSPress/BFR)

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O Botafogo não se acuou e conquistou a classificação na Copa Sul-Americana, mas ainda há pontos para serem corrigidos. Diante do Defensa y Justicia, no Estádio Norberto Tomaghello, o Alvinegro goleou por 3 a 0, jogou com Luiz Fernando centralizado e o camisa 7, novamente, não conseguiu desenvolver o seu potencial na posição.

Zé Ricardo tem optado por essa formação, que conta com Luiz Fernando mais recuado se comparado à sua posição original, nas últimas partidas. Apesar do bom rendimento da equipe, embalada por quatro vitórias consecutivas, e sem levar gols, o camisa 7 vem destoando e mostra sinais de que não se adaptou à nova função.

O um contra um, provavelmente o principal atributo de Luiz Fernando, não tem sido  potencializado nessa posição, já que, na maioria das vezes, recebe a jogada quando está de costas e, para não ser desarmado, acaba passando a bola rápido, o que impossibilita que ele parta para cima dos adversários.

Além disso, Luiz Fernando tem mostrado dificuldade em dar continuidade nos passes em campo. Contra o Defensa y Justicia, o atleta, de acordo com o site "Sofascore", acertou apenas 53% dos toques que deu, errando todas as tentativas de lançamentos e cruzamentos.

Dos 8 jogos do Botafogo em 2019, Luiz Fernando atuou como meia em 6

A ideia de uma equipe mais leve é válida e o Botafogo está se tornando uma equipe efetiva nos contra-ataques, porém, até aqui, Luiz Fernando parece não se encaixar nesse sistema. Apesar da boa fase, esse é um dos dilemas que Zé Ricardo terá que resolver nos próximos dias.

NOVAS OPÇÕES PARA O SETOR 

Na reta final do jogo contra o Defensa, Zé promoveu a volta de Valencia, recuperado de pancada e que fez a sua primeira partida em 2019. O chileno terminou 2018 como o líder de assistências do time e titular absoluto. Resta saber se o treinador já o escalará entre os 11 na próxima rodada. 

Outros jogadores que farão sombra a Luiz Fernando - caso o jogador de Tocantinópolis (TO) permaneça como meia - são João Paulo e Cícero. O primeiro, mais um que é peça importante e líder do elenco, também está recuperado de um contratempo e vai aumentar a concorrência no setor.

O segundo, por sua vez, foi apresentado oficialmente na última segunda-feira e avisou que o processo para estrear pelo Botafogo é marcado pela cautela.

- Não adianta dar um passo maior do que a perna. Depois das férias, fiquei mais um mês parado. Treinava um pouco para não ficar totalmente parado, mas é diferente de trabalhar com um grupo. Não quero ter pressa - disse Cícero, de 34 anos idade. 

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