A Conmebol abriu uma investigação contra o Botafogo depois de denúncia do Peñarol, por "atos ofensivos e discriminatórios" cometidos por torcedores alvinegros na partida de volta da semifinal da Libertadores, no dia 30 de outubro, em Montevidéu, no Uruguai. A informação foi primeiramente publicada pelo "Ge", e confirmada pelo Lance!.
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A denúncia se refere a um vídeo que circulou nas redes sociais de torcedores fazendo gestos simulando punhos algemados, que fazem referências aos cerca de 200 torcedores uruguaios detidos no Rio de Janeiro antes do confronto de ida da semifinal. Se não apresentar as suas alegações no prazo estabelecido, a Comissão Disciplinar ou, se for o caso, o Juiz Singular, pode considerar que o clube renunciou a esse direito.
A possível infração do artigo 12.2 e 15.2, que consta na denúncia, pode resultar em multa de até US$ 100 mil, cerca de R$ 580 mil, na cotação atual. Veja detalhes:
- Artigo 12.2. e.: Utilizar gestos, palavras, cantos, objetos ou outros meios para transmitir qualquer mensagem imprópria em um evento desportivo, particularmente se for de natureza política, ofensiva ou provocativa;
- Artigo 15. Discriminação: 2. Qualquer Associação Membro ou clube cujos torcedores insultarem ou atentarem contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivo a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será sancionado com uma multa de pelo menos 100 mil dólares. Em caso de reincidência, o infrator poderá ser punido com multa de 400 mil dólares.
Relembre o ocorrido
Na manhã do dia 23 de outubro, mais de 250 torcedores do Peñarol foram detidos por conta do tumulto na orla da praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O grupo foi acusado de vandalismo, saques e depredações de estabelecimentos comerciais e de veículos na região.
O tumulto só foi controlado no meio da tarde, quando policiais das Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) foram acionados para auxiliar os agentes do Batalhão Especializado em Policiamento de Estádios (Bepe), que atuavam no local desde a manhã.
Na última terça-feira (5), dez uruguaios foram soltos e tiveram suas prisões preventivas convertidas em medidas cautelares. Eles seguem proibidos de deixar o Brasil até o julgamento e terão que se apresentar ao Juizado do Torcedor e Grandes Eventos a cada dois meses, onde precisam comprovar residência fixa e suas atividades. Outros dez torcedores uruguaios continuam presos no Complexo de Gericinó, em Bangu.
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