Dilema: ataque é um problema para o Botafogo com Zé Ricardo

Em oito partidas, alvinegro balançou a rede em apenas seis oportunidades. Os três atacantes do elenco tiveram chances e treinador tem dificuldades para escalar time ideal

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Além da posição delicada na tabela do Campeonato Brasileiro, outro fator que vem atrapalhando o Botafogo desde o retorno da Copa do Mundo são os atacantes. Até aqui, o treinador Zé Ricardo ainda não encontrou a solução para fazer a função render dentro de campo.

Desde a sua chegada, Zé Ricardo comandou o Botafogo em oito jogos e teve três atacantes diferentes iniciando como titulares. Rodrigo Aguirre começou a 'Era Zé' como titular, jogou três vezes, e saiu. Depois, foi a vez de Brenner, que também participou de três duelos e não conseguiu convencer, até chegar a vez de Kieza, que esteve em campo contra Cruzeiro e Fluminense.

Nenhum dos três, porém, conseguiu fazer diferença para a equipe de Zé Ricardo, que vem repetindo uma base nas outras posições nos últimos jogos. De todos, Aguirre - em tese - se mostrou como o melhor, já que foi o único a marcar um gol no período, contra o Sport. Brenner e Kieza ainda não balançaram as redes.

O desempenho na posição do ataque é ruim e o desempenho dos atacantes mostra que isso dificilmente será mudado. Nos últimos oito jogos, apenas um gol de atacante foi marcado. Sob o comando de Zé Ricardo, Rodrigo Lindoso, que marcou duas vezes, é o artilheiro, enquanto que Luiz Fernando, enquanto que Valencia, Luiz Fernando e Carli balançaram a rede em uma oportunidade.

Formação com Erik e Luiz Fernando
Com a chegada de Erik, Zé Ricardo parece ter achado uma formação com dois jogadores de lado, contando com o atleta emprestado pelo Palmeiras e Luiz Fernando. Pelo o que mostrou até aqui, a preferência do treinador é contar com um atacante que permaneça mais dentro da área para acompanhar os outros atletas.

Kieza, com 168 minutos jogados desde a chegada de Zé, foi o jogador que participou dos dois duelos com a formação com três homens no meio-campo e Luiz Fernando e Erik abertos. Nesse período, o balanço do artilheiro do Botafogo no Campeonato Brasileiro é de seis finalizações - com duas indo na direção do gol - e oito faltas sofridas.

Brenner, por sua vez, tem 289 minutos em campo desde que Zé Ricardo assumiu como treinador e três finalizações em três partidas iniciadas como titular. O atacante se mostra importante saindo da área e fazendo pivô, mas não consegue repetir o desempenho quando o assunto é finalização. O último gol marcado pelo atleta foi contra o Grêmio, no dia 28 de abril.

Números favorecem Aguirre (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Aguirre, por sua vez, tem os números 'ao seu lado': com Zé Ricardo, o uruguaio tem 295 minutos em campo e finalizou seis vezes, assim como Kieza, mas larga na frente do companheiro por ter marcado um gol e criado duas ótimas chances de gol, ambas na partida contra o Paraná. Com sua mobilidade, o atacante pode ser o parceiro ideal para acompanhar a velocidade de Erik e a movimentação de Luiz Fernando.

Ataque reflete no desempenho da equipe
Depois de aproximadamente um mês no comando da equipe, o desempenho de Zé Ricardo é de 33%: oito jogos, duas vitórias, dois empates e quatro derrotas, com 6 gols marcados e 12 sofridos. Em cinco oportunidades o clube de General Severiano saiu de campo sem balançar as redes.

Ultimamente, o time vem demonstrando certa evolução técnica e, por consequência, criando mais chances. Por muitas vezes, essas oportunidades não são aproveitadas, seja por uma finalização errada ou por uma boa defesa do goleiro adversário, como ocorreu contra o Cruzeiro, em uma intervenção milagrosa de Fábio em chute de Aguirre e contra o Fluminense, com Júlio César defendendo uma cabeça de Kieza na pequena área.

De acordo com dados do site Sofascore, o Botafogo criou 19 chances reais de gol nos 8 jogos em que Zé Ricardo esteve no comando - o que resulta em mais de duas chances oportunidades de marcar por partida. Porém, apenas seis gols foram marcados neste tempo, o que resulta em um aproveitamento de aproximadamente 30%.

O ataque do Botafogo é um dos principais alvos das críticas dos torcedores nas últimas semanas. O alvinegro não passa por um bom momento no Campeonato Brasileiro, ocupando a 15ª colocação na classificação.

Sob a supervisão de Aigor Ojêda

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