Em meio ao início da ‘era Textor’, Chay completa um ano no Botafogo e tenta se firmar com Luís Castro

Com a chegada do português, meia-atacante ainda não conseguiu repetir o futebol de 2021. Destaque do título da Série B, jogador busca ter mais espaço entre os titulares do Alvinegro

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Um dos principais destaques do título da Série B, Chay completou um ano de Botafogo na última terça-feira. Em outro momento, o meia-atacante tenta voltar a se firmar com a chegada do português Luís Castro. Neste ano, o atleta ainda não conseguiu apresentar o mesmo futebol da temporada passada e busca reconquistar seu espaço em meio à expectativa de mais reforços em julho na era John Textor.

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No fim de 2021, o camisa 14 passou por uma intervenção cirúrgica (artroscopia no joelho esquerdo) para corrigir o local, que sofreu com os impactos da época em que atuava pelo Fut7. Ele só estreou na 7ª rodada da Taça Guanabara, contra o Resende, quando a equipe ainda era dirigida de maneira interina por Lúcio Flávio.

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Na disputa do Brasileirão, Chay só jogou 90 minutos na estreia contra o Corinthians, no Nilton Santos. Desde sua chegada, Luís Castro ainda não repetiu uma escalação e tem feito constantes mudanças no meio de campo. Com isso, o jogador atuou em quatro das nove partidas comandadas pelo português. Para domingo, contra o Coritiba, a tendência é que ele retorne depois de se recuperar de uma gripe. 

- Todo processo de mudança exige uma adaptação. Acho que estou num processo de adaptação. Não fiz tantos jogos quanto os outros companheiros. Estou entendendo um pouco melhor do que o Castro quer. O torcedor pode esperar o que sempre tive aqui, dedicação máxima e entrega. É isso que eu tenho tentado fazer enquanto as coisas não se encaixam quanto têm que se encaixar - disse Chay, em entrevista coletiva. 

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Neste aniversário de um ano, o LANCE! relembra momentos da carreira de Chay até sua chegada ao Glorioso. Além disso, recapitula como o meia-atacante conseguiu seu espaço e tornou-se essencial no elenco que recolocou o time carioca de volta à elite do futebol brasileiro. 

Chay caiu nas graças da torcida em 2021 (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

DO FUT7 À CHANCE NA ESTRELA SOLITÁRIA

Antes de cair nas graças da torcida do Botafogo, o atleta deu provas de que não se deve desistir de um grande sonho. Com uma história de vida que poderia ser retratada em um filme, Chay se transformou em um verdadeiro andarilho do futebol. Ele se aventurou em terras tailandesas em clubes como Muang Thong Utd, Songkhla FC e Esan United, e no Kedah FA, da Malásia.

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Sem espaço no futebol de campo, o jogador, então, apostou no Fut7 e passou pelos clubes grandes do Rio de Janeiro. Foi nesta nova modalidade que o atleta acumulou títulos coletivos e individuais como a Copa América e o Mundial pela Seleção Brasileira e tornou-se o melhor jogador das Américas em 2018.

Em solo brasileiro, além da Portuguesa-RJ, Chay também atuou no Bonsucesso, Mogi Mirim e América-RJ. Entretanto, quis o destino que a estrela solitária voltasse a brilhar em seu peito, e depois de se destacar na Lusa, assinou com o Glorioso em 24 de maio de 2021. Um ano se passou, e a equipe tem tido dificuldade na criação. Cabe ao meia trazer mais dinâmica e fluidez ao setor, prender menos a bola e evoluir sob a batuta de Castro. 

MÚSICA NA BOCA DA TORCIDA E TÍTULO NACIONAL

Com a chegada de Enderson Moreira, em 2021, Chay passou a se destacar e fazer dobradinha com Rafael Navarro, que hoje está no Palmeiras. Inspirado, o meia-atacante driblou a desconfiança e aproveitou a grande oportunidade da carreira para se firmar e renovar seu contrato.

Neste sentido, as boas atuações geraram uma paródia da música 'I Will Survive', intitulada 'Eu vi o Chay', feita pelo perfil 'Bootfire', no Twitter. Embalado pelo ritmo, o jogador marcou oito gols e deu oito assistências em quarenta e duas partidas na última temporada. Destaque para a grande atuação diante do Cruzeiro, quando estufou a rede em três oportunidades.

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Mesmo disputando a Série B, o camisa 14 chegou a ser citado pelo técnico da Seleção Brasileira, Tite, em uma de suas convocações no último ano. Protagonista no meio de campo, Chay conquistou não só o espaço no setor, como o carinho da torcida com o título da segunda divisão e o bom futebol.

Depois do "ano mágico" em que despontou no futebol de campo mesmo depois dos 30 anos e tornou-se pai, o jogador segue como um dos remanescentes da campanha vitoriosa de 2021. Na sequência deste ano, ele terá a tarefa de se encaixar entre os titulares em um grupo que promete ser ainda mais reforçado em julho.

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