Surpresa. Foi assim que Emiliano Díaz reagiu à demissão do pai, Ramón, ao cargo de treinador do Botafogo. O clube de General Severiano anunciou, na manhã desta sexta-feira, o desligamento do argentino porque não poderia mais esperar pelo retorno do comandante, que ainda está no Paraguai se recuperando de um procedimento cirúrgico.
O auxiliar-técnico, comandante do Glorioso neste intervalo, destacou, em entrevista ao "Seleção SporTV", que o clube tinha noção do período que Ramón Díaz ficaria fora pelo procedimento médico.
- Ontem (quinta-feira) nos disseram que não continuariam com o projeto. Ficamos surpresos e tristes porque não conseguimos cumprir o sonho do futebol de dirigir o futebol brasileiro. Quando o Botafogo soube da cirurgia, o clube teve uma postura impressionante de valorizar o trabalho do Ramon. Nós fomos claros e transparentes desde o primeiro dia porque é nossa forma de ser e dissemos que provavelmente demoraria um mês para a recuperação. Da nossa parte estávamos tranquilos por causa da transparência que tivemos com o clube por respeito ao tamanho do Botafogo - afirmou.
Com Ramón e Emiliano, também foram desligados do Botafogo o auxiliar Osmar Ferreyra, o preparador físico Jorge Pidal e os analistas Juan Nicolás Rommanazzi e Damián Paz. O Alvinegro já anunciou que Eduardo Barroca, ex-Vitória, será o substituto.
- Fomos todos pegos de surpresa, mas sabemos como é o futebol. Sabemos que tem disso, quando os resultados não chegam e a urgência que vive o clube, poderia acontecer isso. Ramón também está surpreso, mas são coisas do futebol e o mais importante é fazer com que o Botafogo se recupere o mais rápido possível porque tem uma torcida impressionante e um grupo de jogadores muito bom - completou.