Maio, definitivamente, se encaminha para o fim sem deixar saudade ao botafoguense. Após o título carioca e boas primeiras três rodadas pelo Brasileiro, o Botafogo parou de evoluir e tem encontrado uma imensa dificuldade em criar e ser efetivo nas partidas. No último domingo, contra o Vitória, no Nilton Santos, não foi diferente do que tem ocorrido.
A última boa atuação do Alvinegro se deu contra o Grêmio, dia 28 de abril. De lá para cá, neste mês, foram cinco confrontos, com uma vitória (contra o Fluminense, jogando mal), dois empates (sendo um pela Sul-Americana, também com dificuldades) e duas derrotas. E não é por falta de mexidas que os resultados e as performances estão deixando a desejar.
Diante do Leão, sem Renatinho, lesionado, a solução encontrada foi entrar com três volantes - Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes e Gustavo Bochecha -, apostar em João Pedro e Luiz Fernando pelas pontas e em Kieza como referência. Não houve fluidez, mas sobraram lentidão e ausência de movimentação para quebrar a marcação pressão e as linhas altas dos baianos.
- Tentamos bolas longas, explorar a velocidade dos nossos pontas. No primeiro tempo, ficamos muito sem furar a primeira linha do Vitória, sem velocidade e dinâmica. Precisamos ter equilíbrio, ora com bola rápida, ora trabalhando mais a posse. É procurar alternar jogadas de posse com verticalização - analisou Valentim, na entrevista coletiva após o empate em 1 a 1 do último domingo.
No segundo tempo, entraram Aguirre, Ezequiel e Valencia. O primeiro, desde o retorno do vestiário, foi o único que, de fato, causou perigo. Se movimentou bem e quase marcou em duas oportunidades, quando o Botafogo se desenhou em um 4-2-4, com Kieza e o uruguaio mais centralizados, com a bola.
Mais na base do abafa, oportunidades surgiram, porém Lindoso, principalmente, não aproveitou as duas que teve. Agora, com um frustrante empate e, sobretudo, desempenho aquém do esperado, é bom que o alerta esteja ligado por conta da semana pesada pela frente: São Paulo (fora de casa, na quarta-feira) e clássico contra o Vasco (no sábado, em casa).
- Hoje, perdemos o Renato. Ele nos ajudaria, tentei esse camisa 10, mas não conseguimos, por isso mudamos um pouco o desenho. O São Paulo joga no 4-3-2-1 e temos que analisar para saber quem vai a campo - concluiu Alberto.
Valentim já indicou mudanças para encarar o invicto time de Diego Aguirre. E hoje, cabe destacar, a aposta de dias melhores passa pela titularidade do xará do treinador tricolor, além de um meio-campo muito mais envolvente.
COMO O BOTAFOGO INICIOU
COMO O BOTAFOGO TERMINOU